domingo, 13 de julho de 2014



A corrida eleitoral de Paulo Rocha ao senado
Por Wellington Lucas[1]

Nas eleições deste ano o presidente de honra do PT no Pará, o ex-deputado federal Paulo Rocha, tentará pela segunda vez superar os demais adversários e conquistar a única vaga em disputa para o Senado Federal. Vale ressaltar que no pleito de 2010, no qual havia duas (02) vagas em disputa, ambas foram conquistadas por Jader Barbalho-PMDB e Flexa Ribeiro-PSDB, respectivamente, e Rocha foi o terceiro mais votado. Neste pleito, a única vaga ao senado em disputa, será disputada por Paulo Rocha-PT, pelo ex-prefeito de Belém Duciomar Costa–PTB, pelo vice-governador Helenilson Pontes–PSD, pelo atual senador Mário Couto-PSDB e pelo radialista Jeferson Lima–PP, entre outros candidatos(as) menos expressivos(as) das legendas PRTB, PV, PS, PCB, PSOL e PSTU.
A cúpula petista avalia que há um cenário político favorável nas eleições deste ano para a conquista do mandato de senador, uma vez que, a aliança construída entre PT-PMDB e demais partidos, buscarão eleger justas, num só objetivo, Dilma presidenta, Helder governador e Paulo Rocha senador.
No entanto, há aqueles que duvidam que Paulo Rocha chegue à frente dos principais adversários com o apoio peemedebista prometido, basicamente, por duas razões: primeiro porque o principal objetivo do PMDB de Jader será apostar todas as suas fichas disponíveis para eleger seu pupilo político familiar governador, não enfrentando do mesmo modo, “Deus e o mundo”, em favor da eleição do petista ao senado.
Segundo porque Paulo Rocha enfrentará a máquina governista de Simão Jatene em favor de seus dois candidatos prioritários ao senado: Helenilson Pontes, forte no Oeste do Estado e o ex-prefeito Duciomar Costa, popular na capital, elegendo-se há diversos mandatos há mais de 20 anos. Há ainda a recente conquista de popularidade de Jeferson Lima na capital (medida na eleição de 2012 para prefeito), principal colégio eleitoral do estado com cerca de 01 milhão de eleitores.
Além disso, Paulo Rocha poderá enfrentar durante a campanha um provável pedido de impugnação de sua candidatura junto ao TRE/TSE, pelos adversários, devido incorrer na opinião de alguns juristas na lei Ficha-Limpa, devido renuncia do mandato de deputado federal em 2005, após o escândalo político que ficou conhecido como Mensalão, do qual, porém, foi absolvido em 2012.
Seja como for, considerando apenas a disputa do voto, o certo é que Paulo Rocha terá que superar a máquina tucana do Estado, o desempenho dos adversários e o possível abandono do PMDB em currais eleitorais sob seu domínio, uma vez que, em vários municípios, poderá ser aceito a candidatura de Helder e rejeitado a sua candidatura, sendo estabelecido de imediato apoio a um de seus adversários. Na prática, o PMDB de Jader, deverá dialogar com todos os candidatos ao senado, buscando o sucesso de sua principal estratégia de voltar a governar o Estado do Pará, após 30 anos.
A essa altura, não há dúvida que os principais candidatos à vaga ao senado terão que correr muito, no sentido da conquista de voto, visando garantir uma das funções públicas mais cobiçadas da política no mandato mais longo do legislativo brasileiro (durante os próximos seis anos). Diante disso, Paulo Rocha, certamente, enfrentará um cenário eleitoral mais adverso que os demais na busca desse objetivo.
Vamos acompanhar o andamento da campanha e testemunhar após o resultado eleitoral 2014 se a larga experiência política e eleitoral de Paulo Rocha (hoje com 63 anos idade) será suficiente para superar os desafios na busca da terceira vaga de senador da república que cabe ao Estado do Pará e que se renova a partir de 2015 e vai até 2021.



[1] Wellington Lucas é servidor público, professor de História e Pós-graduado em Gestão Pública. wlucas@ufpa.br

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