quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Veja lista dos deputados que não votaram na cassação de Donadon

Durante a sessão, 50 parlamentares que registraram presença em plenário deixaram de votar; outros 54 nem sequer apareceram

Veja lista dos deputados que não votaram na cassação de Donadon
"A sessão não contou com o voto de 104 parlamentares"
A sessão de votação para decidir pela cassação ou não do mandato do deputado Natan Donadon (sem partido-RO) não contou com o voto de 104 parlamentares. Desses, 50 chegaram a registrar presença em plenário, mas não votaram. Os demais não compareceram. 

Na contagem final, a maioria dos deputados votou pela cassação, mas o número foi inferior ao mínimo exigido pelo regimento da Câmara (257 votos, o equivalente a maioria mais 1 de todos os parlamentares da Casa. Dos 405 deputados que votaram, 233 foram favoráveis, 24 a menos do que o necessário. A votação é secreta e por essa razão não é possível saber quem votou contra ou a favor. Por decisão do presidente da Casa, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Donadon ficará afastado e o suplente, deputado Amir Lando (PMDB-RO), assumirá no lugar. A posse será nesta quinta-feira, 29.


Entre aqueles que compareceram à sessão, mas deixaram de registrar voto estão deputados como Jaqueline Roriz (PMN) - que escapou de processo de cassação em 2011 -, Valdemar Costa Neto (PR) - condenado no processo do mensalão -, Paulo Maluf (PP-SP), Marco Feliciano (PSC-SP) e Gabriel Chalita (PMDB-SP). Dos 14partidos cujos deputados deixaram de votar, o PT foi o que registrou mais faltantes, com 11 parlamentares. Entre eles está João Paulo Cunha (SP), também condenado no processo do mensalão. O resultado pela manutenção do mandato de Donadon, preso há dois meses, pode favorecer os parlamentares envolvidos no mensalão que, mesmo condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), poderão continuar a exercer o cargo.

Somados aos 11 petistas, outros 9 deputados do partido faltaram à sessão. Com 21 baixas, o PT foi o que mais contribuiu com ausências. Nesse grupo está o deputado José Genoino (SP), também condenado pelo esquema de corrupção envolvendo a sigla. Ele está licenciado por motivos de saúde, após ter sofrido um enfarte.
Com 15 deputados a menos, o PMDB, principal aliado do PT, foi o segundo com maior registro de faltas. Na sequência estão o PP (14) e o PSD (12), também integrantes da base aliada.

Abaixo, as listas dos 104 parlamentares. A relação foi feita com base nas listas de presença e de votação disponibilizadas pelo site da Câmara.

- Deputados presentes, mas que não votaram:
DEM
Claudio Cajado (BA)
Eli Correa Filho (SP)
Jorge Tadeu Mudalen (SP)
Lira Maia (PA)

PC do B
Jandira Feghali (RJ)

PDT
Enio Bacci (RS)
Giovani Cherini (RS)
Giovanni Queiroz (PA)

PMDB
André Zacharow (PR)
Eliseu Padilha (RS)
Gabriel Chalita (SP)
Genecias Noronha (CE)
José Priante (PA)
Leonardo Quintão (MG)
Newton Cardoso (MG)

PMN
Jaqueline Roriz (DF)

PP
Beto Mansur (SP)
José Linhares (CE)
José Otávio Germano (RS)
Luiz Fernando Faria (MG)
Paulo Maluf (SP)
Renzo Braz (MG)
Toninho Pinheiro (MG)
Vilson Covatti (RS)

PPS
Arnaldo Jardim (SP)
PR
Valdemar Costa Neto (SP)
Vicente Arruda (CE)

PSB
Abelardo Camarinha (SP)
Paulo Foletto (ES)

PSC
Nelson Padovani (PR)
Pastor Marco Feliciano (SP)

PSD
Edson Pimenta (BA)
Eduardo Sciarra (PR)
Eliene Lima (MT)
José Carlos Araújo (BA)
Sérgio Brito (BA)

PSDB
Carlos Roberto (SP)
Marco Tebaldi (SC)

PT
Angelo Vanhoni (PR)
Beto Faro (PA)
Biffi (MS)
Iriny Lopes (ES)
João Paulo Cunha (SP)
Marina Santanna (GO)
Miguel Corrêa (MG)
Odair Cunha (MG)
Pedro Eugênio (PE)
Pedro Uczai (SC)
Vicentinho (SP)

PV
Eurico Júnior (RJ)

- Deputados ausentes
ABELARDO LUPION (DEM-PR)
AFONSO HAMM (PP-RS)
ALCEU MOREIRA (PMDB-RS)
ALEXANDRE ROSO (PSB-RS)
ALICE PORTUGAL (PC do B-BA)
ALMEIDA LIMA (PPS-SE)
ANSELMO DE JESUS (PT-RO)
ANTONIO BALHMANN (PSB-CE)
ARTHUR OLIVEIRA MAIA (PMDB-BA)
ARTUR BRUNO (PT-CE)
ASDRUBAL BENTES (PMDB-PA)
BERNARDO SANTANA DE VASCONCELLOS (PR-MG)
BETINHO ROSADO (DEM-RN)
BETO ALBUQUERQUE (PSB-RS)
BOHN GASS (PT-RS)
CARLOS BEZERRA (PMDB-MT)
CARLOS MAGNO (PP-RO)
DARCÍSIO PERONDI (PMDB-RS)
DR. LUIZ FERNANDO (PSD-AM)
FERNANDO TORRES (PSD-BA)
GUILHERME MUSSI (PP-SP)
HEULER CRUVINEL (PSD-GO)
HOMERO PEREIRA (PSD-MT)
INOCÊNCIO OLIVEIRA (PR-PE)
JOÃO LYRA (PSD-AL)
JOSÉ GENOÍNO (PT-SP) - licença médica
JOSIAS GOMES (PT-BA)
JOVAIR ARANTES (PTB-GO)
JÚNIOR COIMBRA (PMDB-TO)
LAERCIO OLIVEIRA (PR-SE)
LUIZ ALBERTO (PT-BA)
MANOEL SALVIANO (PSD-CE)
MANUEL ROSA NECA (PR-RJ)
MARCON (PT-RS)
MARCOS MONTES (PSD-MG)
MARCUS PESTANA (PSDB-MG)
MÁRIO FEITOZA (PMDB-CE)
PEDRO HENRY (PP-MT)
PINTO ITAMARATY (PSDB-MA)
RENAN FILHO (PMDB-AL)
RENATO MOLLING (PP-RS)
ROGÉRIO CARVALHO (PT-SE)
ROMÁRIO (sem partido-RJ)
RONALDO ZULKE (PT-RS)
ROSINHA DA ADEFAL (PTdoB-AL)
SABINO CASTELO BRANCO (PTB-AM)
SANDRA ROSADO (PSB-RN)
SERGIO GUERRA (PSDB-PE)
VANDERLEI MACRIS (PSDB-SP)
VILALBA (PRB-PE)
WALDIR MARANHÃO (PP-MA)
WELITON PRADO (PT-MG)
ZÉ VIEIRA (PR-MA)
ZOINHO (PR-RJ)

Fonte:http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/veja-lista-dos-deputados-que-n%C3%A3o-votaram-na-cassa%C3%A7%C3%A3o-de-donadon

quarta-feira, 28 de agosto de 2013


PELA REFORMA URBANA 2013 no PARÁ

Neste dia 28 de agosto os movimentos de luta e defesa da Reforma Urbana tomaram as ruas do Brasil para se manifestar e cobrar a realização de mudanças!


Nossas cidades não podem continuar atendendo somente ao interesse de poucos. Temos direito a cidades com moradia digna, transporte público de qualidade, trabalho decente, educação, saúde e cultura.


Em Belém do Pará a MARCHA PELA REFORMA URBANA aconteceu com a realização de um ato de rua, que reuniu cerca de 200 pessoas na Rodovia Augusto Montenegro, com concentração na entrada do Conjunto Satélite e caminhada rumo ao Palácio dos Despachos para a entrega da plataforma de reivindicações ao Governador Simão Jatene.


Uma comissão de 07 pessoas foi recebida pelo subchefe da Casa Civil para apresentação do documento e cobrança da audiência com o Governador, destacando entre as propostas da plataforma 5 pontos considerados URGENTES e que precisam de respostas imediatas:


1. Eleição e Posse do Conselho Estadual das Cidades e do Fundo Estadual de Habitação de Interesse Social com respectivo Conselho Gestor;
2. Implementação da Política Estadual de Habitação de Interesse Social;
3. Adesão do Pará ao Programa Federal Mais Médicos;
4. Constituição e funcionamento imediato de uma Comissão Estadual de Prevenção a Despejos Forçados de acordo com orientações do Ministério das Cidades, com a suspensão imediata de todas as remoções;
5. Conclusão de todas as obras paradas relativas ao PMCMV e PAC.


O Governo assumiu compromisso de realizar audiência com o movimento de Reforma Urbana até o dia 10 de setembro, antes da Conferencia Estadual das Cidades, com a equipe de secretários estaduais para formar grupos de trabalhos e construir soluções concretas ás reivindicações do movimento.

Texto: Aldebaran Moura (Educadora da FASE).

Ferramenta do governo estadunidense coleta praticamente tudo que um usuário faz na internet

Artigo sugerido por Francisco Medeiros, do STIAU
Um programa ultrassecreto da NSA (sigla em inglês para Agência de Segurança Nacional) permite que analistas busquem, sem qualquer autorização prévia, por vastas bases de dados contendo e-mails, chats online e históricos de buscas de milhões de indivíduos, de acordo com os documentos fornecidos por Edward Snowden.
A NSA afirma em materiais de treinamento que o programa, chamado XKeyscore, é seu sistema de inteligência de maior alcance para ações na internet.
As últimas revelações tornam ainda mais intenso o debate público e do Congresso acerca do limite dos programas de vigilância do NSA. Oficiais desta irão depor no comitê judiciário do Senado na quarta-feira, apresentando documentos confidenciais em resposta a reportagens anteriores do Guardian sobre coleção massiva de gravações telefônicas e o descuido do tribunal de vigilância da Fisa (Foreign Intelligence Surveillance Act).

Os arquivos jogam luz sob uma das afirmações mais controversas de Snowden, feita em sua primeira entrevista por vídeo ao Guardian no dia 10 de junho.

"Eu, sentado em minha mesa", disse Snowden, “poderia grampear qualquer um, desde você e seu contador até um juiz federal ou mesmo o presidente, precisando apenas do e-mail pessoal".

Oficiais americanos negam veementemente tal afirmação. Mike Rogers, presidente republicano do comitê de inteligência americano, respondeu: "Ele está mentindo. É impossível fazer o que ele está dizendo que poderia fazer".

No entanto, materiais de treinamento para uso do XKeyscore detalham como este e outros sistemas podem ser utilizados por analistas para explorar enormes bases de dados de agências apenas preenchendo um simples formulário que surge na tela, bastando apenas uma justificativa genérica para a busca. A solicitação não é revisada por um tribunal ou por qualquer pessoa da NSA antes de ser processada.

Uma apresentação sobre o XKeyscore afirma que o programa cobre "praticamente tudo que um típico usuário faz na internet", incluindo conteúdo de e-mails, sites visitados, buscas, como também metadados.

Analistas podem também utilizar o XKeyscore e outros sistemas da NSA para obter interceptações das atividades de um indivíduo na internet em tempo real.

Sob lei americana, é exigido do NSA obter um mandado individualizado da Fisa apenas se o alvo de vigilância for um cidadão norte-americano, mas nenhum mandado é necessário se a interceptação for da comunicação entre um americano e alvos estrangeiros. O XKeyscore ainda proporciona a capacidade tecnológica, senão a autoridade legal, de vigiar até mesmo indivíduos norte-americanos sem mandado, dado que algumas informações de identidade, como e-mail ou endereço de IP, já são sabidas pelos analistas. Documentos da NSA apontam que até 2008, 300 terroristas haviam sido capturados através do XKeyscore.

Analistas foram alertados de que buscar toda a base de dados atrás de conteúdo irá produzir resultados demais para serem "peneirados". Um documento entregue aos analistas em dezembro de 2012 descreve os vários campos de informação que podem ser buscados. Incluem: todos os endereços de e-mail utilizados em uma conversa, assim como números de telefone e conversas em chats.

Monitoramento de e-mail

Para fazer uma busca de e-mails no XKeyscore basta o analista colocar o endereço eletrônico do indivíduo vigiado em um formulário online, além de uma justificativa e o período das trocas de e-mails buscadas.

Um documento ultrassecreto de 2010 traz um guia que descreve o treinamento recebido pelos analistas da NSA para vigilância geral. Este explica que os agentes podem dar início a suas vigilâncias simplesmente clicando em um menu concebido para fornecer justificativas legais relacionadas à busca.

Bate-papos, históricos do navegador e outras atividades na internet

Além de e-mails, o sistema do XKeyscore permite que os analistas monitorem uma variedade ilimitada de outras atividades na internet, incluindo aquelas dentro das redes sociais.

Uma ferramenta da NSA chamada DNI Presenter, utilizada para a leitura de conteúdos armazenados em e-mails, também permite que os analistas usando o XKeyscore leiam o conteúdo dos bate-papos do Facebook ou de mensagens privadas.

Um analista pode monitorar tais bate-papos do Facebook colocando algum nome de usuário da rede social e um limite de datas em uma simples tela de busca.

Os analistas podem procurar por atividades em navegadores de internet fazendo uso de uma ampla variedade de informações, incluindo termos de busca utilizados pelos usuários ou as páginas visitadas por eles. O programa XKeyscore também permite que se descubra o endereço de IP de toda pessoa que visite qualquer página da web especificada pelo analista.

A quantidade de informações acessíveis através de programas como o XKeyscore é espantosamente grande. Um relatório da NSA de 2007 estimou que havia 850 bilhões de "ocorrências de informações" coletadas e armazenadas nos servidores da NSA, e algo próximo de 150 bilhões de registros da internet. A cada dia, diz o documento, entre 1 e 2 bilhões de registros eram adicionados.

William Binney, um ex-matemático da NSA, disse no ano passado que a agência havia "acumulado algo na ordem de 20 trilhões de atividades entre cidadãos americanos; uma estimava que, segundo ele, "envolvia apenas ligações telefônicas e e-mails". Um artigo publicado em 2010 pelo jornal Washington Post dava a informação de que "todos os dias, sistemas de coleta da NA interceptam e armazenam 1,7 bilhão de e-mails, ligações telefônicas e outros tipos de informação".

O sistema XKeyscore coleta continuamente tamanha quantidade de dados da internet que só é possível armazená-los por um curto espaço de tempo. O conteúdo permanece no sistema por um período de apenas 3 a 5 dias, enquanto os metadados são armazenados por 30 dias. Um documento explica: "Em alguns sites, a quantidade de dados que recebemos por dia (mais de 20 terabytes) pode ser armazenada por apenas 24 horas".

Para solucionar esse problema, a NSA desenvolveu um sistema multicamadas que permites aos analistas armazenar conteúdos "interessantes" em outros bancos de dados, como o Pinwale, capaz de armazenar dados por até 5 anos.

São os bancos de dados do XKeyscore, demonstra um documento, que armazenam atualmente a maior quantidade de dados de comunicação coletados pela NSA.

Restrições técnicas vs restrições legais

Embora a Emenda Fisa (Foreign Intelligence Surveillance Act, ou Ato de Monitoramento de Inteligência Estrangeira) de 2008 requeira um mandado individual para rastrear cidadãos americanos, permite-se que analistas da NSA interceptem as comunicações de tais indivíduos sem um mandado caso eles mantenham contato com alvos estrangeiros procurados pela NSA.

O vice-diretor da Aclu (American Civil Liberties Union, ou União das Liberdades Civis Americanas), Jameel Jaffer, disse ao Guardian no mês passado que oficiais da segurança nacional declararam expressamente que o propósito primário da nova lei foi autorizá-los a coletar grandes quantidades de informações de americanos sem a necessidade de mandados individuais.

"O governo não precisa ter americanos como ‘alvo’ para poder coletar quantidades enormes de suas informações", disse Jaffer. "O governo está inevitavelmente fazendo a varredura das informações de muitos americanos, quando rastreia cidadãos estrangeiros para monitoramento."

Um exemplo é fornecido por um documento do XKeyscore que mostra um alvo da NSA em Teerã se comunicando com pessoas em Frankfurt, Amsterdã e Nova York.

Nos últimos anos, a NSA tem tentado segregar informações de caráter exclusivamente doméstico dos Estados Unidos em diferentes bancos de dados. Mas os próprios documentos da NSA passam a informação de que tais esforços são imperfeitos, já que informações exclusivamente domésticas podem trafegar em sistemas estrangeiros, e as ferramentas da NSA são, em muitos casos, incapazes de identificar a nacionalidade da origem das informações.

Além do mais, todas as comunicações entre americanos e pessoas em solo estrangeiro são incluídas nos mesmos bancos de dados que comunicações de estrangeiros com estrangeiros, tornando-as prontamente acessíveis sem a necessidade de mandado.

Algumas pesquisas conduzidas por analistas da NSA são periodicamente revisadas por seus superiores dentro do órgão. "É muito raro sermos questionados em nossas pesquisas", disse Snowden ao Guardian em junho. "E, mesmo quando somos abordados, é no sentido de alimentar as justificativas."

Em carta enviada esta semana ao senador Ron Wylden, o diretor de inteligência nacional James Cappler reconheceu que os analistas da NSA excederam até mesmo os limites legais estabelecidos pelo órgão para o monitoramento doméstico.

Reconhecendo o que ele chama de "alguns problemas de complacência", Clapper os atribuiu a "erros humanos" ou "problemas relacionados a tecnologias altamente sofisticadas" em vez de reconhecer problemas de "má-fé".

Entretanto, Wylden disse na tribuna do Senado nesta terça-feira (30): "Essas violações são mais sérias do que aquelas declaradas pela comunidade de inteligência, e são perturbadoras".

Em declaração ao Guardian, a NSA disse:

"nossas atividades são focadas e especificamente organizadas contra - e apenas contra - alvos legítimos de inteligência estrangeira, em resposta aos pedidos de nossas lideranças por informações para proteger nossa nação e interesses.

XKeyscore é usado como parte do legítimo sistema de coleta de sinais de inteligência estrangeiros da NSA.

Alegações de acesso difundido e sem verificação de analistas aos dados da NSA não são verdadeiras. O acesso ao XKeyscore, assim como a todas as ferramentas analíticas da NSA, é limitada apenas aos funcionários que requerem acessos vinculados às suas atividades atribuídas... Ademais, há diversas verificações e balanços técnicos, supervisórios e manuais dentro do sistema para prevenir que o mau uso deliberado ocorra.

Toda pesquisa feita por analistas da NSA é totalmente auditável, de modo a garantir que elas são legítimas.

Esse tipo de software nos permite coletar informações que nos autorizam a desempenhar nossas missões de modo bem-sucedido - para defender nossa nação e proteger as tropas americanas e aliadas no exterior."

Autor: Glenn Greenwald, é articulista de The Guardian

Tradução de Caio Hornstein e Rodrigo Giordano
Fonte: Carta Maior

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Limites da nossa atual civilização

O mundo da mercadoria e da propriedade privada vai contra as necessidades humanas. Hoje vivemos um mundo de crises: degradação dos recursos naturais e dos ecossistemas; miséria e exclusão social; violência e degradação das condições de vida; precarização do trabalho e mercantilização dos meios de sobrevivência, e no limite, a guerra ou a destruição generalizada dos seres humanos.
Porém, os elementos que formaram esse status quo (estado das coisas) são antigos, e desde há muito tempo já dão sinais de que as consequências, para os seres humanos, tendem a ser cada vez mais dramáticas.

Se você está de acordo que tais questões são reais e graves, e precisam ser enfrentadas nas suas causas, então venha conhecer melhor aqui as propostas que estamos construindo, COLETIVAMENTE, para enfrentar a raiz de tal tipo de sociabilidade, hoje baseada da exploração e espoliação sobre os humanos e sobre a natureza.

Implantando o SOT: COMUNA DE REVERSÃO


Aqui está em aberta quais seriam os caminhos e estratégias para a superação da formação histórica de mediações sociais baseadas na auto-alienação dos humanos, e resultantes de um sistema social capitalista.

Um possível meio para isso, EM DISCUSSÃO, seria uma via histórica processual de construção de um SISTEMA ORGÂNICO DO TRABALHO - SOT, um tipo de bloco histórico de construção de outra sociabilidade, a partir da aglutinação dinâmica de três mediações sociais:

- PROPRIEDADE ORGÂNICA
- RENDA SISTÊMICA
- AUTOGESTÃO SOCIETAL

Porém, pondera-se que essas mediações precisam se materializar em instituições concretas e históricas, a partir provavelmente de um fundo crítico e certamente de um conjunto de "trabalhadores livremente associados", elementos estes viabilizados/articulados pela Via SOT.

Por sua vez, as instituições que dariam vida a um SOT precisam de um espaço ou território específico para existirem, na forma de um sistema interacional, ou seja, com dinâmicas de reforço mútuo, concretizando assim todo o seu potencial de reverter os processos de alienação sobre os humanos.

O espaço para a criação de tais instituições seria o que chamamos de uma COMUNA DE REVERSÃO. Esta não seria um tipo de comunidade alternativa pequena, mas sim um espaço ou território aonde fosse possível concentrar recursos, pessoas e instituições devidamente formalizadas, de tão forma que possa criar elementos de auto-sustentabildiade suficientes para sua posterior irradiação ou expansão, dando novo suporte às lutas emancipatórias, e oferecendo uma efetiva alternativa ao emprego assalariado ou mesmo ao desemprego, porém, de forma tal, que não apenas de disponibiliza uma nova oportunidade de trabalho e renda, mas sim, uma oportunidade de viver de forma solidária plena, de forma não alienada e não subordinada à lógica de acumulação capitalista.

O que temos hoje próximo a uma COMUNA DO SOT seriam as ecovilas ou propostas de ecocidades, porém numa dimensão maior, contendo instituições capazes de contrapor o necessário valor de uso frente a alienação do valor de troca (mercado), e partir dessa indexão crítica (produção e consumo internos) sustentar um importante movimento de auto-expansão de dentro para fora e adesão progressiva de novos associados, e assim, a constituição de novas comunas organicamente integradas, como um bloco de reforço mútuo. Essa posterior expansão seria um novo passo na construção de um SISTEMA COMUNAL.

Sistema Orgânico Comunal


... isso porque o conjunto de mediações que um Sistema Orgânico do Trabalho abrange, não possibilita apenas a construção de um espaço de viver e produzir diferenciado, também permite uma integração INTER-TERRITORIAL e TRANS/SUPRA-NACÕES, que se traduziria por um SISTEMA ORGÃNICO COMUNAL.

Nesse estágio de macro-organização societal ou de formação social histórica, nossa tese é que entraríamos, de fato, na história da humanidade, uma vez que os seres humanos passariam a ter o domínio efetivo sobre o seu destino.

Dessa forma, todo o desenvolvimento passa a centrado nas necessidades humanas, e não mais nas necessidades artificiais do dinheiro ou da acumulação de capital.

Como um Sistema Orgânico Comunal significa a superação da forma propriedade privada dos meios de produção, e a superação do dinheiro enquanto intercâmbio mercantil, ele implica também na materialização do que alguns chamam de uma "Economia Baseada em Recursos", cujo auto-organização global e não fetichizada (mercadorizada) permite uma produção racional da abundância.

Esse é um horizonte aberto a partir da concretização do estágio 2, ou seja, com a implantação de um Sistema Orgânico do Trabalho - SOT, a partir da auto-organização imediata das pessoas interessadas nesta associação -ASSOCIAÇÃO Via SOT.


INFOGRÁFICO: Confira como vai funcionar o plebiscito sobre a reforma política



Brasil é o terceiro país em número de usuários ativos na internet
País ocupa a primeira colocação quando considerado o tempo gasto por cada internauta na rede
SHUTTERSTOCK
​Em dezembro, o Brasil contou com 52,5 milhões de 
usuários ativos na internet.
​O Brasil ocupa a terceira posição em quantidade de usuários ativos na internet (52,5 milhões). No primeiro e segundo lugares estão Estados Unidos (198 milhões) e Japão (60 milhões), respectivamente.

Os dados são do Net Insight, estudo sobre internet do IBOPE Media, e levam em consideração, além dos três países, os usuários da Alemanha, França, Itália, Espanha e Suíça. Os dados são relativos a dezembro de 2012.

Tempo de acesso

Se por um lado, o Brasil fica em terceiro lugar em número de usuários, por outro, o País é o primeiro colocado quando considerado o tempo de acesso de cada internauta. 

Em dezembro de 2012, os brasileiros gastaram em média 43 horas e 57 minutos navegando na internet. O tempo médio da França, que ocupa a segunda posição no ranking, é de 39 horas e 23 minutos. Depois aparece a Alemanha, com 37 horas e 23 minutos gastos por cada usuário.

Fonte:http://www.ibope.com.br/pt-br/noticias/paginas/brasil-e-o-terceiro-pais-em-numero-de-usuarios-ativos-na-internet.aspx

sábado, 24 de agosto de 2013

Lançamento Boitempo: Cidades Rebeldes: Passe Livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil

Cidades rebeldes capa Final.indd
Disponível em ebook por R$5,00 nas livrarias
AmazonTravessaSaraiva Google Play, entre outras!
Livro impresso por R$10,00 nas livrarias
SaraivaTravessa Cultura, entre outras!
Na esteira dos recentes protestos que abalaram o país, a Boitempo lança Cidades rebeldes: Passe Livre e as manifestações que tomaram as ruas do BrasilTrata-se do primeiro livro impresso inspirado nos megaprotestos que ficaram conhecidos como as Jornadas de Junho, além de ser o principal esforço intelectual até o momento de analisar as causas e consequências desse acontecimento marcante para a democracia brasileira. Escrito e editado no calor da hora, em junho e julho, Cidades rebeldes é um livro de intervenção, que traz perspectivas variadas sobre as manifestações, a questão urbana, a democracia e a mídia, entre outros temas.
Participam dessa coletânea autores nacionais e internacionais, como Slavoj Žižek, David Harvey, Mike Davis, Raquel Rolnik, Ermínia Maricato, Jorge Souto Maior, Mauro Iasi, Silvia Viana, Ruy Braga, Lincoln Secco, Leonardo Sakamoto, João Alexandre Peschanski, Carlos Vainer, Venício A. de Lima, Felipe Brito e Pedro Rocha de Oliveira. Paulo Arantes e Roberto Schwarz assinam os textos da quarta capa, transcritos abaixo. O livro também conta com um ensaio fotográfico do coletivo Mídia NINJA e ilustrações sobre as manifestações de Laerte, Rafael Grampá, Rafael Coutinho, Fido Nesti, Bruno D’Angelo, João Montanaro e Pirikart, entre outros.
Leia abaixo os textos de quarta capa, escritos por Paulo Arantes e Roberto Schwarz
Duas semanas de rebelião urbana que mudarão a história política brasileira? A mais rápida, expressiva e surpreendente vitória popular de que se tem notícia em nosso país? Quem o diz não são os manifestantes mais envolvidos, mas a própria grande imprensa, num raro e único momento de perplexidade confessa. Até o próximo round, quando outros atores finalmente entrarem em cena, saberemos se as Jornadas de Junho começaram de fato a desmanchar o consenso entre “direita” e “esquerda” acerca do modus operandi do capitalismo no Brasil. Há vinte anos o país se tornou uma tremenda fábrica de consentimento, todos empenhados em se deixar esfolar com fervor. Batemos no teto? É o que a derrapagem histórica que detonou todo o processo sugere. Pela primeira vez a violência que restou da ditadura – e a “democracia” aprimorou –, aprisionando a política no aparato judiciário-policial, por algum motivo não funcionou dessa vez. Um limiar certamente foi transposto. Resta saber qual, e logo. No que tudo isso vai dar? “Já está dando”, disse-me outro dia um taxista.
– Paulo Arantes
Em duas semanas o Brasil que diziam que havia dado certo — que derrubou a inflação, incluiu os excluídos, está acabando com a pobreza extrema e é um exemplo internacional — foi substituído por outro país, em que o transporte popular, a educação e a saúde públicas são um desastre e cuja classe política é uma vergonha, sem falar na corrupção. Qual das duas versões estará certa? É claro que todos esses defeitos já existiam antes, mas eles não pareciam o principal; e é claro que aqueles méritos do Brasil novo continuam a existir, mas parece que já não dão a tônica. O espírito crítico, que esteve fora de moda, para não dizer excluído da pauta, teve agora a oportunidade de renascer. A energia dos protestos recentes, de cuja dimensão popular ainda sabemos pouco, suspendeu o véu e reequilibrou o jogo. Talvez ela devolva à nossa cultura o senso da realidade e o nervo crítico. Sem falar no humor, que nos seus momentos altos ela sempre teve.
— Roberto Schwarz
Cidades rebeldes capa Final.indd
Publicada em parceria com o portal Carta Maior e com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo, a obra segue a linha do livro Occupy: movimentos de protestos que tomaram as ruas, com o mesmo formato e preço (R$10,00 o impresso, R$5,00 o e-book), e consolida uma nova coleção da Boitempo, de livros de intervenção e teorização sobre acontecimentos atuais, intitulada “Tinta Vermelha”, em referência a um trecho do discurso do filósofo esloveno Slavoj Žižek no Occupy Wall Street, em 2011. Para tornar o livro acessível ao maior número de pessoas – estimulando-as, quem sabe, a ir às ruas por mudanças –, autores cederam gratuitamente seus textos, tradutores não cobraram pela versão dos originais para o português, quadrinistas e fotógrafos abriram mão de pagamento por suas imagens, o que possibilitou deixar o volume a preço de custo.
Debates de lançamento de Cidades rebeldes
Cidades rebeldes capa Final.indd
A editora realiza, no dia 22 de agosto, um ciclo de debates sobre o direito à cidade e as “Jornadas de Junho”, em São Paulo e no Rio de Janeiro, com alguns dos autores do livro.
São Paulocom Paulo Arantes, Jorge Souto Maior, Ruy Braga, Karl von Holdt, Raquel Rolnik, Silvia Viana, Lincoln Secco, MPL e Roberto Schwarz (a confirmar)22 de agosto | quinta-feira | 17h e 19h30Sala 14 | Prédio de filosofia e Ciências Sociais | FFLCH | USPCidade Universitária | São Paulo | SP
Rio de Janeiro
com Mauro Iasi, Carlos Vainer, Felipe Brito e Pedro Rocha de Oliveira
22 de agosto | quinta-feira | 18h
Auditório Manoel Maurício | CFCH | UFRJ
Campus Praia Vermelha | Rio de Janeiro | RJ