sexta-feira, 3 de junho de 2016

Câmara dos Deputados aprova projetos de reajuste aos servidores públicos federais


Federação aponta questões do acordo de greve que não fazem parte do PL 4251/15 e ainda não foram cumpridas.
Por enquanto, uma boa notícia para os servidores públicos federais. A Câmara dos Deputados aprovou na noite de ontem, 1º de junho, 14 projetos de lei em que constam o reajuste aos servidores do funcionalismo público.  A maioria é resultado de acordos de greve firmado com diversas categorias em 2015, no governo da presidente afastada Dilma Rousseff.
A grande mídia brasileira tem divulgado a notícia como um “mega” reajuste para os servidores com impacto de R$ 50 bilhões em quatro anos, autorizado pelo presidente interino, Michel Temer.
Porém, para a FASUBRA, o governo Temer e o Congresso Nacional estão apenas cumprindo com a obrigação referente aos acordos firmados com os servidores públicos federais e o estado brasileiro. “Temer sabe que se não honrasse tais acordos, enfrentaria forte desgaste e a iminência de uma poderosa greve do funcionalismo, que certamente se voltaria contra o governo”.
Embora a grande mídia queira demonstrar que, há alto gasto do governo com os servidores em um momento de crise econômica, “e que, segundo eles, não se pode gastar e ter mais despesas”, a Federação esclarece que, o reajuste não cobre, sequer, a inflação do período (2015). O resultado disso é a permanente corrosão salarial no contracheque dos trabalhadores , “que nem mesmo tem o direito à data base”.
A FASUBRA Sindical orienta que a categoria fique atenta, porque o projeto ainda precisa passar pelo senado e considera “ver o acordo de greve ser cumprido na íntegra”. Ao mesmo tempo, a classe trabalhadora está em luta contra a aprovação de outros projetos que atacam direitos e congelam salários do funcionalismo, como o PLP 257/16.

O PL 4251/15, específico para as carreiras da educação, inclui os trabalhadores técnico-administrativos em educação das instituições federais de ensino. O reajuste de 10,5% acordado ao final da greve de 2015, parcelado em dois anos, está previsto para o dia 1º de agosto de 2016 (5,5%) e 1º de janeiro de 2017 (5%), segundo consta no projeto.
“14. Complementarmente, o PL trata de ajustes na estrutura de remuneração do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, de que trata a Lei nº 11.091, de 12 de janeiro de 2005; e dos cargos de médico, de que trata a Lei n° 12.702, de 7 de agosto de 2012.  Os ajustes serão implementados em duas parcelas, em agosto de 2016 e janeiro de 2017.”
Os reajustes estão previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e no Orçamento de 2016 (PLN 1) aprovadas pelo Congresso Nacional em 25 de maio, e prevê um déficit de R$ 170,5 bilhões para este ano.
A maioria dos projetos será encaminhada para aprovação no Senado Federal e posteriormente para sanção do presidente interino Michel Temer. De acordo com a Agência Câmara Notícias, o aumento alcança 24.360 servidores civis ativos, 11.685 aposentados e instituidores de pensão.  

FASUBRA
Para a Federação, o governo segue trabalhando a lógica das carreiras típicas de estado. “Há uma diferença na forma como são tratados os percentuais para as categorias consideradas estratégicas entre o restante, que na ideia do governo pode ser privatizada, terceirizada, ou repassada para Organizações Sociais”. Desse modo, a saúde, educação e previdência continuam sendo categorias secundarizadas no processo.
De acordo com a Direção Nacional, a aprovação na Câmara ainda não resolve a situação dos técnicos administrativos em educação. “Destacamos que há uma série de questões do nosso acordo de greve que não fazem parte do PL, tais como os editais de vagas de graduação e especialização para técnicos administrativos, o seminário sobre assédio moral, a discussão da pauta da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) junto com os servidores do RJU (Regime Jurídico Único), a democratização nas universidades e a mudança de quem está na antiga carreira (PUCRCE) para a atual PCCTAE”.
A FASUBRA questiona a morosidade por parte do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) referente à mudança da Orientação Normativa nº6 (insalubridade, periculosidade e penosidade). Também cobra o MEC sobre a discussão de aprimoramento da carreira, a forma como os servidores poderão realizar a capacitação e qualificação mesmo em estágio probatório, reconhecimento de títulos e a utilização de disciplinas de graduação e pós-graduação para pleitear progressão por capacitação. “São vários aspectos que estavam no acordo de greve e o governo até agora não respondeu, descumprindo os prazos colocados no termo inicialmente firmado”.
Foram encaminhados ofícios exigindo respostas ao ex-ministro da Educação, Aloízio Mercadante e ao atual ministro Mendonça Filho, comunicando o descumprimento do acordo de greve por parte do governo. “O Ministério da Educação até o momento ignora nossos ofícios, sem dar qualquer resposta”.
Na próxima Plenária Nacional da FASUBRA que acontece nos dias 19 e 20 de junho, serão discutidos os desdobramentos gerados pelo não cumprimento do acordo de greve.
Confira os vencimentos básicos para 1º de agosto de 2016 e 1º de janeiro de 2017 (Anexo X) e para os cargos de médico (Anexo XI).

ANEXO X
(Anexo I-C à Lei nº 11.091, de 12 de janeiro de 2005)





ANEXO XI
(Anexo XLVII à Lei nº 12.702, de 7 de agosto de 2012)
VENCIMENTO BÁSICO DOS CARGOS DE MÉDICO PLANO DE CARREIRA DOS CARGOS TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS EM EDUCAÇÃO

Vencimento básico dos cargos de Médico do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação - PCCTAE, de que trata a Lei n° 11.091, de 12 de janeiro de 2005, com jornada de 40 horas semanais.




b) Vencimento básico dos cargos de Médico do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação - PCCTAE, de que trata a Lei n° 11.091, de 12 de janeiro de 2005, com jornada de 20 horas semanais.



 
Fonte: Assessoria de Comunicação FASUBRA Sindical (www.fasubra.org.br)

domingo, 22 de maio de 2016

Conselho Universitário da UFPA aprova regras para eleição de novo reitor neste ano 2016

Após quase oito horas de debates, os 71 docentes, técnicos e discentes do Conselho Superior da Universidade Federal do Pará (CONSUN/UFPA) aprovaram o regimento e a formação da comissão eleitoral para o processo de sucessão para a Reitoria da Instituição. A medida dá início oficial à disputa pelos cargos de reitor e vice-reitor da Federal do Pará para os próximos quatro anos, ou seja, de 2016 a 2020.

No encontro realizado no Auditório da Secretaria Geral dos Conselhos Superiores da UFPA (Sege), das 9h as 17h30, foram definidas as regras que regem o processo de sucessão, a forma de seleção dos integrantes da comissão eleitoral e o tipo de consulta à comunidade acadêmica, já marcada para o próximo dia 29 de junho.
Novidades - Entre as novidades para o processo deste ano estão à indicação do Diretório Central dos Estudantes (DCE) para os cinco nomes de universitários que representarão a categoria na comissão eleitoral, que antes eram indicados pelo Consun; e o uso, pela primeira vez, de cédulas com cores distintas para a votação de técnicos, docentes e discentes na consulta à comunidade, o que deve facilitar a fiscalização e contagem dos votos.
Debates - Os pontos mais polêmicos debatidos pelos conselheiros foram a probabilidade de voto de aposentados e voluntários que atuam na UFPA (rejeitado pela plenária), a propaganda eleitoral dos pré-candidatos à Reitoria (restrita às ações que não causem danos ao patrimônio da Universidade) e o financiamento de viagens dos candidatos aos 12 campi para realização de debates (que serão custeados pelas chapas).

A definição do tipo de consulta à comunidade acadêmica foi o momento mais exaltado da reunião. As representações e sindicatos de técnicos e docentes e, especialmente, dos estudantes, pediram a troca do voto paritário pelo universal nas próximas eleições. Mas a maioria dos conselheiros optou por manter o voto paritário e defendeu que cada categoria tenha o mesmo peso na soma dos votos.
Comissão – Na reunião também foi nomeada a comissão eleitoral que, agora, coordenará o processo de sucessão para reitor e vice-reitor da UFPA. O grupo é formado pelos discentes Marcelo Silva, Felipe Bandeira e Leonardo Reis; pelos técnicos Angela Santos, Guilherme Dergan e Leonel Costa; e pelos docentes Jane Beltrão, Alberto Damasceno e Hamilton Oliveira. São suplentes da comissão os universitários José Everton Araújo e Marilene Pereira; dos técnicos Geraldo Castro e Gabriel Oliveira; e dos professores Carlos Henrique Almeida e Armando Chermont.
As decisões do Consun ainda serão homologadas em uma nova reunião e, em seguida, o reitor interino da UFPA, Horacio Schneider, irá convocar a comissão eleitoral para iniciar os trabalhos de preparação para a consulta à comunidade universitária no dia 29 de junho.


A consulta à comunidade no final do mês que vêm deve garantir que os trâmites para a nomeação do novo reitor pela presidência da república ocorram no prazo de 60 dias, previsto na legislação no caso de vacância da Reitoria. Na UFPA, o prazo começou a ser contabilizado no dia 17 de maio, quando o reitor Carlos Maneschy renunciou ao cargo.
Texto: Glauce Monteiro - Assessoria de Comunicação da UFPA. Fotos: Alexandre Moraes

quinta-feira, 31 de março de 2016

Lava Jato já teme ações do PMDB e PSDB para barrar as investigações

Integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato ouvidos em reportagem do site Valor, afirmam que “a força-tarefa da Operação Lava-Jato prepara-se para resistir à uma ofensiva política encabeçada pelo PMDB para esvaziar as investigações sobre o recebimento de propinas por deputados e senadores no esquema de desvios de recursos descoberto na Petrobras.”

Membros da força-tarefa avaliam que a Lava Jato está chegando ao ápice do núcleo político [PMDB e PSDB], revelando o envolvimento de praticamente todos os partidos no esquema de corrupção, e acreditam que a retaliação do Legislativo está em curso e será inevitável.

A expectativa é que, se confirmando a hipótese de impeachment de Dilma Rousseff, o PMDB conduza uma aliança com a atual oposição [PSDB] para promover alterações legislativas que enfraqueçam o poder de atuação do Ministério Público, dizem.

Fonte: 
http://www.netcina.com.br/2016/03/lava-jato-ja-teme-acoes-do-pmdb-e-psdb-para-barrar-as-investigacoes.html

segunda-feira, 15 de junho de 2015



Pauta Específica dos Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino

 

Reposição de Perdas e Aprimoramento da Carreira:
  • Índice de 27,3% no piso da tabela considerando as perdas de janeiro de 2011 a julho de 2016;
  • Pelo aprimoramento da Carreira com correção das distorções, levando em consideração a racionalização dos cargos, piso de três salários mínimos e step de 5%; reposicionamento dos aposentados e pensionistas, e concurso público via RJU para todos os níveis de classificação;
  • Pela não retirada de ganhos administrativos e judiciais da Categoria – pagamento imediato;
  • Reabertura de prazos para que os Técnico-Administrativos em Educação que ainda estejam no PUCRCE possam migrar para o PCCTAE;
  • Pela instituição da Ascensão Funcional;
  • Reconhecimento dos certificados de capacitação dos aposentados quando os mesmos se encontravam na ativa;
  • Aproveitamento de disciplinas de curso de graduação e pós-graduação para todas as classes do PCCTAE para fins de progressão por capacitação;
  • Reconhecimento de títulos de mestrado e doutorado obtidos fora do país.
  • Posicionamento hierárquico em padrão de vencimento equivalente na tabela quando do reingresso de servidor em outro cargo do PCCTAE.
  • Efetivação do Plano Nacional de Capacitação lançado em 2013;
  • Extensão, para os Técnico-Administrativos em Educação, do art. 30 da lei 12772/12, que trata de afastamento para realização de estudos de pós-graduação;

Pauta Geral dos Servidores Públicos Federais:
  • Pela Revogação das Leis que criaram a EBSERH e a FUNPRESP;
  • Por uma política salarial permanente com correção das distorções e reposição das perdas inflacionárias;
  • Índice linear de 27,3%;
  • Estabelecimento de data-base em 1º de maio;
  • Pelo direito de negociação coletiva (convenção 151 OIT) e liberação de dirigentes para o exercício de mandato classista;
  • Pela paridade salarial entre ativos, aposentados e pensionistas;
  • Pela retirada dos projetos do Congresso Nacional que atacam os direitos dos trabalhadores;
  • Por isonomia salarial e de todos os benefícios entre os poderes;
  • Pela anulação da reforma da previdência de 2003, realizada por meio de compra de votos de parlamentares;
  • Pela extinção do fator previdenciário;
  • Pela incorporação de todas as gratificações produtivistas;
  • Pelo fim da terceirização que retira direito dos trabalhadores;
  • Pela imediata realização de concurso público pelo RJU. 

Fonte: http://www.fasubra.org.br/index.php/fasubra/742-pauta-geral-e-especifica-dos-servidores-publicos-federais

terça-feira, 20 de janeiro de 2015



Em nome da Liberdade
(de expressão)
Por Wellington Lucas[1]

Não divulgue este breve ensaio! Censure, condene seu autor, mas não faça dele uma nota dissonante diante da verdade absoluta massificada pela mídia mundial após “O Massacre de Paris” ao jornal Charlie Hebdo. Cuidado ao discuti-lo, pois seu ponto de vista pode ferir a sagrada liberdade de expressão defendida pelas democracias republicanas ocidentais, sobretudo, Europeia.
Recomendo ainda que seja revisada, após 50 anos, a liberdade expressa na Declaração Universal dos Direitos Humanos e também que seja avaliado a declaração feita pelo líder da maior instituição religiosa cristã mundial, Papa Francisco I, ao afirmar em relação ao massacre que “liberdade de expressão não dá o direito de ninguém insultar a fé dos outros”.
Dito isto, inevitavelmente, surge as seguintes indagações: Afinal, a liberdade tem limites? Em um mundo tão complexo e plural, é possível limitá-la? De que liberdade está se falando?
Enfim, logo se vê que tentar responde a estas e outras indagações sobre a temática da liberdade não é tarefa simples. Mas podemos ao menos discutir brevemente algumas conceituações a respeito e, sobretudo, expor as contradições sobre tudo que tem sido escrito e dito pela grande mídia brasileira a respeito do massacre. Me digno a fazer isso em nome da liberdade (de expressão)!
Quase todos os poderosos editoriais nacionais brasileiros de TV´s e Revistas (exceto alguns sites e blogs na internet e a revista Carta Capital), logo se apressaram em fixar na opinião publica em geral o sentimento de comoção e revolta coletiva diante dos assassinatos, associando a causa ao terrorismo, radicalismo religioso e, sobretudo, associando a morte das vitimas a um mártir, um atentado a sagrada liberdade de expressão e pensamento, devido à função social que as vitimas exerciam, neste caso, jornalistas e cartunistas. Digo isto porque eram exatamente estas as profissões que exerciam e, toda profissão, adquirida seja pela academia ou fora dela, possui uma função social na sociedade contemporânea, ou não? Construir um mundo melhor não é o papel histórico-social de todo cidadão?
A julgar a estratégia utilizada pela mídia brasileira para defender seus interesses, de fato, não há como não se comover e não condenar os assassinatos. Afinal, nada os justifica. Todos tem direito a vida. Independente se exerce o direito ou não a liberdade de expressão. Todos tem o direito sagrado à vida seja ela surgida por meio natural ou intervenção divina. Existe um consenso geral em quase todas as sociedades que ela é o bem mais precioso que a humanidade possui. Há os que defendem que tirar a liberdade é o mesmo que matar um homem, sem liberdade somos todos mortos-vivos, contudo, a liberdade social é algo construído e modificado de acordo com a cultura de uma sociedade e/ou de acordo com a ideologia ou os interesses da classe que o dirige e/ou domina.
Senão vejamos, por exemplo, o massacre de milhares de jovens e crianças promovidos pelo Estado de Israel ao povo palestino em 2014, com apoio EUA, França e Inglaterra, em retaliação aos ataques terroristas sofridos por extremistas radicais palestinos, não conquistou a comoção da mídia mundial. Porque isso acontece? Na verdade, sabemos bem, quais interesses motivam e comovem a mídia nas republicas ocidentais. Nem todo massacre ou violação da vida é rejeitado pelas nações ricas e poderosas. Na verdade a maioria é promovida exatamente por elas sob todo tipo de justificativa.
Seja como for, acredito que a comoção mundial se deu mais em função dos assassinatos, ou seja, devido ter sido tirada de modo brutal, o direito a vida dos jornalistas e cartunistas do jornal, corroborando assim o que diz a declaração universal dos direitos humanos editada pela ONU. Afirmo isso porque biólogos e naturalistas dão conta que somos a única espécie que possui característica emocional afetiva, ou seja, sentimos tristeza e comoção, entre outras características peculiares exclusivas de nossa espécie. Portanto, a reação emocional de todos não poderia ser diferente, afinal, além de seres afetivos, somos seres sociais, em repúblicas ocidentais e, por isso, não poderíamos ficar indiferentes.
Dito de outro modo, condenar os assassinatos e sentir comoção pela vida é parte de nossa cultura e natureza biológica e social. Porém, isto não significa que defendemos a liberdade de insultar e fé de 05 milhões de mulçumanos que vivem somente na França. Há um dito popular que diz que a liberdade tem seu preço. Certamente a vida é um preço alto demais a se pagar pela liberdade, porém, talvez 10 cartunistas e jornalistas, podem ter suas ideias e pensamentos questionados por insultar a religião alheia. A dicotomia que se estabeleceu nesse trágico episódio, entre religião e liberdade é algo mais profundo e complexo do que tem sido apresentado pela mídia. Há outros fatores que envolvem este caso, pois assim como os assassinos foram apoiados pelo grupo político-religioso “Estado Islâmico”, o qual almeja obter hegemonia de poder em todo o território oriental, a mídia mundial, também é financiada e apoiada por um grupo de famílias que desejam manter a sua dominação, sobretudo, politica, econômica e cultural, sobre as nações nas sociedades ocidentais. O filosofo italiano Antônio Gramisc chegou a esta conclusão a mais de um século, ao afirmar que a impressa mundial se tornaria o partido do capital, nas mãos daqueles que hoje detêm a riqueza produzida pelas nações.
Obviamente assassinato por vingança a insultos significa regredir toda a humanidade à barbárie, não se justifica. Porém, quem se arrisca a dizer qual lado (jornalistas/cartunistas e religiosos radicais), possui motivação irracional e que não se justifica diante de outra motivação qualquer estabelecida? Quantos massacres e assassinatos foram e, ainda são promovidos e/ou apoiados pelas nações europeias mundo afora, ontem e hoje?
Às vezes tenho a impressão que toda a grande mídia brasileira bebe na fonte da teoria Nazista de dominação pela informação, pois entre elas há uma que afirma que uma mentira dita mil vezes se transforma numa verdade. Graças à liberdade de expressão, esses métodos travestidos com novas roupagens e conceituações, ainda podem ser refutados, por meios informacionais alternativos e populares.
Seja como for liberdade de expressão de ideia e pensamento, sem duvida, é a mola propulsora das grandes transformações que a humanidade já presenciou e, ainda há de presenciar. No entanto, fé e religião, em todo o mundo, igualmente, são duas das maiores expressões culturais e sociais do comportamento humano e, ambos, embora mantidos por tradições e verdades absolutas, por vezes se confronta com o modo de vida em sociedade estabelecido pela ciência ocidental.
Uma conclusão aceitável diz que tanto a Liberdade de Expressão, quanto a Liberdade Religiosa podem ser legislados e, portanto, limitados e respeitáveis a partir de um patamar moral-ético pré-estabelecido. Até que a humanidade chegue à condição ideal de vida em que tudo é permitido e aceitável, exceto o direito a vida. Este sim, jamais deverá ou poderá ser violado seja por qual motivação for. Um bem incomensurável que a humanidade levou quase 02 mil anos para aprender a promover e defender acima de tudo.


[1] Wellington Lucas é servidor público, professor de História e especialista em Gestão Pública.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Pro Paz Juventude está com vagas abertas para cursos profissionalizantes

O Pro Paz Juventude, que promove ações de capacitação para jovens, está com vagas abertas para novos cursos profissionalizantes nos cinco polos do Pro Paz nos Bairros, na Unidade Integrada Pro Paz (UIPP) do Guamá e no Núcleo do Pro Paz Jovem Trabalhador, localizado na Avenida Assis de Vasconcelos. Todos os cursos são gratuitos e têm como objetivo qualificar jovens de baixa renda para o mercado de trabalho, garantindo inclusão social e incentivando o desenvolvimento econômico.
 
Os cursos terão a duração de dois meses, e todos os alunos receberão gratuitamente material didático para as aulas, que serão desenvolvidas em todos os espaços do Pro Paz na Região Metropolitana de Belém. Ao todo, serão 26 turmas, cada uma com 20 vagas, divididas nos turnos da manhã, tarde e noite. A aula inaugural será ministrada no próximo dia 6 de agosto, e as aulas dos cursos profissionalizantes começam no dia 11 do mesmo mês.
 
Para o coordenador de Planejamento do Pro Paz, Simão Bastos, como o público-alvo dos cursos são, prioritariamente, jovens de 18 a 29, atende-se a uma demanda exclusiva da juventude que necessita de qualificação para entrar no mercado de trabalho. “Essa atividade faz parte de um diálogo estabelecido com segmentos da sociedade, formado por instituições públicas e movimentos sociais, que começou ainda no ano de 2011 durante a II Conferencia Estadual de Juventude e que pedia por cursos profissionalizantes voltados a este público”, observa.
 
Os cursos profissionalizantes são oferecidos de acordo com a demanda que o mercado de trabalho absorve, em parceria com a Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Renda (Seter), que desde 2012 oferece as capacitações nos espaços do Pro Paz para os jovens.
 
“A experiência do passado foi gratificante do ponto de vista dos resultados que conseguimos, sempre com grande presença de jovens durante as atividades. Temos um dialogo com a Seter e o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), que monitoram os resultados dos cursos desenvolvidos no Pro Paz e apontam a maior demanda do mercado de trabalho, auxiliando no empreendedorismo do próprio jovem, que, assim, muda sua realidade social”, diz o coordenador.
 
Além dos polos do Pro Paz nos Bairros, serão ofertados também cursos profissionalizantes na nova UIPP do bairro do Guamá, que será inaugurada no início do mês de agosto, e no Núcleo Pro Paz Jovem Trabalhador, espaço dedicado à capacitação e encaminhamento de jovens de baixa renda ao mercado de trabalho, localizado na Avenida Assis de Vasconcelos.
 
Para se inscrever, os interessados devem ir até os polos do Pro Paz nos Bairros, UIPP do Guamá ou ao Núcleo do Pro Paz Jovem Trabalhador com as cópias da carteira de identidade, carteira de trabalho (opcional), CPF, comprovante de residência e comprovante de escolaridade, no horário de 8 às 17 horas. Mais informações pelo telefone (91) 3201-3724.
 
Relação de cursos profissionalizantes:
 
Unidade Integrada Pro Paz (UIPP) Guamá (Rua do Tucunduba, próximo ao campus III da Universidade Federal do Pará): Auxiliar administrativo (manhã), Operador de caixa (tarde);
 
Polo do Pro Paz nos Bairros UFPA (Rua do Tucunduba, s/n, campus III da Universidade Federal do Pará): Mecânica de motos (manhã), Manicure (tarde);
 
Polo do Pro Paz nos Bairros Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) – Avenida Presidente Tancredo Neves, 2.501, Montese: Camareira (noite), Recepcionista (noite), Garçom e garçonete (noite);
 
Polo do Pro Paz nos Bairros da Sacramenta (Praça Dorothy Stang, entre Senador Lemos e Pedro Álvares Cabral): Montagem e manutenção de computadores (manhã), Encanador hidráulico (manhã), Mecânico de refrigeração (tarde), Auxiliar de contabilidade (noite);
 
Polo Pro Paz Mangueirão – Rodovia Augusto Montenegro, km 3, Estádio Olímpico do Pará (Mangueirão): Pintor de obra (manhã), Confecção de tortas e doces finos (manhã), Confecção de lanches comerciais (tarde), Encanador hidráulico (tarde);
 
Polo Pro Paz Instituto de Ensino de Segurança do Pará (Iesp) – Rodovia BR-316, KM 13, s/n, Centro, Marituba: Secretariado (manhã), Almoxarife (tarde);
 
Núcleo Pro Paz Jovem Trabalhador (Avenida Assis de Vasconcelos, 397, Belém): Panificação e confeitaria natalina (manhã), Empreendedorismo (manhã), Produção e promoção de eventos (manhã), Habilidade no salão de beleza (manhã e tarde), Vendedor de comércio varejista (manhã e tarde), Culinária japonesa (tarde). 
 
Texto: Tiago Furtado (portaldoservidor.pa)

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

“II Seminário 1964 - 50 anos depois” será no próximo dia 22 na UFPA


O Gabinete da Reitoria e a Comissão “César Leite” de Memória e Verdade da Universidade Federal do Pará (UFPA) promovem o “II Seminário 1964 - 50 anos depois”, que será realizado no dia 22 de setembro, no Centro de Convenções Benedito Nunes, Campus Básico da UFPA. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site do Seminário até o dia do evento, que é aberto ao público em geral. Os participantes terão direito a certificado.

A abertura do evento ocorre a partir das 14h30 e a programação contará com duas mesas-redondas, apresentação de depoimentos do repositório da Assessoria de Educação a Distância (AEDI/UFPA) e haverá, também, o lançamento de cinco minidocumentários pertencentes ao Projeto de Pesquisa “Anos de Chumbo e a UFPA”. O encerramento será feito pela presidente da Comissão da Verdade da UFPA, professora doutora Edilza Fontes, e pelo reitor da Universidade, Carlos Maneschy.

Mesas-Redondas – A mesa de abertura tem como tema “Relatos dos trabalhos e perspectivas das Comissões instaladas no Estado do Pará”, que contará com a presença de representantes da Comissão “César Leite” da UFPA, Comissão Verdade Pará, Comissão Camponesa Estadual e Clínica dos Direitos Humanos da Amazônia.  A partir das 15h30, a Mesa-Redonda “Memórias da Ditadura” contará com a presença dos professores aposentados compulsoriamente pela UFPA, no ano de 1969, Camilo Montenegro Duarte e Orlando Sampaio Silva e do ativista da Ação Libertadora Nacional (ALN), Flávio Leão de Salles.

Anos de Chumbo e a UFPA – Após as mesas-redondas, ocorrerá a exibição de documentários sobre os governos militares no Pará, intitulados “Anos de Chumbo e a UFPA”, com duração de cinco minutos cada um. Os temas de cada documentário, em ordem de apresentação, são: “Memórias de 1964”, “1968: A utopia de uma paixão”, “Censura e tortura no período militar”, “Redemocratização” e “Traumas e perdas no período militar”.

Instrumentos pedagógicos – “Estes documentários são instrumentos pedagógicos com base nos depoimentos de professores, estudantes e servidores de três gerações: de 1964,1968 e a da redemocratização. Os documentários fazem parte de um banco público digital que surgiu de minha pesquisa e auxiliam os pesquisadores a terem outras leituras, sendo um meio para divulgar o que foi a Ditadura Militar, qual foi a repercussão dela e o que trouxe de trauma”, explicou a professora doutora Edilza Fontes. Acesse aqui os relatos dos perseguidos na UFPA pelo Regime Militar de 1964.

César Leite - A Comissão da Verdade da UFPA tem por objetivo investigar e localizar os processos de quebra dos direitos humanos e constrangimentos ocorridos no período entre 1964 e 1985, lutando contra a ocultação dos ocorridos nesse período de 21 anos no âmbito da UFPA. O nome da comissão homenageia o estudante de Matemática da UFPA, César Moraes Leite, morto em 1980, aos 19 anos, durante aula na Sala 2 do Bloco F, Campus Básico da Universidade.

Serviço
II Seminário 1964 – 50 anos depois
Data: 22 de setembro de 2014
Horário: 14h30
Local: Centro de Convenções Benedito Nunes, Campus Básico UFPA
Inscrições: São gratuitas e podem ser realizadas até o dia do evento, em link no site do Seminário. Outras informações: Pelo (91) 3201-8749 ou no site do evento.
Texto: Rafael Rocha – Assessoria de Comunicação da UFPA
Arte: Divulgação