sexta-feira, 3 de junho de 2016

Câmara dos Deputados aprova projetos de reajuste aos servidores públicos federais


Federação aponta questões do acordo de greve que não fazem parte do PL 4251/15 e ainda não foram cumpridas.
Por enquanto, uma boa notícia para os servidores públicos federais. A Câmara dos Deputados aprovou na noite de ontem, 1º de junho, 14 projetos de lei em que constam o reajuste aos servidores do funcionalismo público.  A maioria é resultado de acordos de greve firmado com diversas categorias em 2015, no governo da presidente afastada Dilma Rousseff.
A grande mídia brasileira tem divulgado a notícia como um “mega” reajuste para os servidores com impacto de R$ 50 bilhões em quatro anos, autorizado pelo presidente interino, Michel Temer.
Porém, para a FASUBRA, o governo Temer e o Congresso Nacional estão apenas cumprindo com a obrigação referente aos acordos firmados com os servidores públicos federais e o estado brasileiro. “Temer sabe que se não honrasse tais acordos, enfrentaria forte desgaste e a iminência de uma poderosa greve do funcionalismo, que certamente se voltaria contra o governo”.
Embora a grande mídia queira demonstrar que, há alto gasto do governo com os servidores em um momento de crise econômica, “e que, segundo eles, não se pode gastar e ter mais despesas”, a Federação esclarece que, o reajuste não cobre, sequer, a inflação do período (2015). O resultado disso é a permanente corrosão salarial no contracheque dos trabalhadores , “que nem mesmo tem o direito à data base”.
A FASUBRA Sindical orienta que a categoria fique atenta, porque o projeto ainda precisa passar pelo senado e considera “ver o acordo de greve ser cumprido na íntegra”. Ao mesmo tempo, a classe trabalhadora está em luta contra a aprovação de outros projetos que atacam direitos e congelam salários do funcionalismo, como o PLP 257/16.

O PL 4251/15, específico para as carreiras da educação, inclui os trabalhadores técnico-administrativos em educação das instituições federais de ensino. O reajuste de 10,5% acordado ao final da greve de 2015, parcelado em dois anos, está previsto para o dia 1º de agosto de 2016 (5,5%) e 1º de janeiro de 2017 (5%), segundo consta no projeto.
“14. Complementarmente, o PL trata de ajustes na estrutura de remuneração do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, de que trata a Lei nº 11.091, de 12 de janeiro de 2005; e dos cargos de médico, de que trata a Lei n° 12.702, de 7 de agosto de 2012.  Os ajustes serão implementados em duas parcelas, em agosto de 2016 e janeiro de 2017.”
Os reajustes estão previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e no Orçamento de 2016 (PLN 1) aprovadas pelo Congresso Nacional em 25 de maio, e prevê um déficit de R$ 170,5 bilhões para este ano.
A maioria dos projetos será encaminhada para aprovação no Senado Federal e posteriormente para sanção do presidente interino Michel Temer. De acordo com a Agência Câmara Notícias, o aumento alcança 24.360 servidores civis ativos, 11.685 aposentados e instituidores de pensão.  

FASUBRA
Para a Federação, o governo segue trabalhando a lógica das carreiras típicas de estado. “Há uma diferença na forma como são tratados os percentuais para as categorias consideradas estratégicas entre o restante, que na ideia do governo pode ser privatizada, terceirizada, ou repassada para Organizações Sociais”. Desse modo, a saúde, educação e previdência continuam sendo categorias secundarizadas no processo.
De acordo com a Direção Nacional, a aprovação na Câmara ainda não resolve a situação dos técnicos administrativos em educação. “Destacamos que há uma série de questões do nosso acordo de greve que não fazem parte do PL, tais como os editais de vagas de graduação e especialização para técnicos administrativos, o seminário sobre assédio moral, a discussão da pauta da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) junto com os servidores do RJU (Regime Jurídico Único), a democratização nas universidades e a mudança de quem está na antiga carreira (PUCRCE) para a atual PCCTAE”.
A FASUBRA questiona a morosidade por parte do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) referente à mudança da Orientação Normativa nº6 (insalubridade, periculosidade e penosidade). Também cobra o MEC sobre a discussão de aprimoramento da carreira, a forma como os servidores poderão realizar a capacitação e qualificação mesmo em estágio probatório, reconhecimento de títulos e a utilização de disciplinas de graduação e pós-graduação para pleitear progressão por capacitação. “São vários aspectos que estavam no acordo de greve e o governo até agora não respondeu, descumprindo os prazos colocados no termo inicialmente firmado”.
Foram encaminhados ofícios exigindo respostas ao ex-ministro da Educação, Aloízio Mercadante e ao atual ministro Mendonça Filho, comunicando o descumprimento do acordo de greve por parte do governo. “O Ministério da Educação até o momento ignora nossos ofícios, sem dar qualquer resposta”.
Na próxima Plenária Nacional da FASUBRA que acontece nos dias 19 e 20 de junho, serão discutidos os desdobramentos gerados pelo não cumprimento do acordo de greve.
Confira os vencimentos básicos para 1º de agosto de 2016 e 1º de janeiro de 2017 (Anexo X) e para os cargos de médico (Anexo XI).

ANEXO X
(Anexo I-C à Lei nº 11.091, de 12 de janeiro de 2005)





ANEXO XI
(Anexo XLVII à Lei nº 12.702, de 7 de agosto de 2012)
VENCIMENTO BÁSICO DOS CARGOS DE MÉDICO PLANO DE CARREIRA DOS CARGOS TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS EM EDUCAÇÃO

Vencimento básico dos cargos de Médico do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação - PCCTAE, de que trata a Lei n° 11.091, de 12 de janeiro de 2005, com jornada de 40 horas semanais.




b) Vencimento básico dos cargos de Médico do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação - PCCTAE, de que trata a Lei n° 11.091, de 12 de janeiro de 2005, com jornada de 20 horas semanais.



 
Fonte: Assessoria de Comunicação FASUBRA Sindical (www.fasubra.org.br)

domingo, 22 de maio de 2016

Conselho Universitário da UFPA aprova regras para eleição de novo reitor neste ano 2016

Após quase oito horas de debates, os 71 docentes, técnicos e discentes do Conselho Superior da Universidade Federal do Pará (CONSUN/UFPA) aprovaram o regimento e a formação da comissão eleitoral para o processo de sucessão para a Reitoria da Instituição. A medida dá início oficial à disputa pelos cargos de reitor e vice-reitor da Federal do Pará para os próximos quatro anos, ou seja, de 2016 a 2020.

No encontro realizado no Auditório da Secretaria Geral dos Conselhos Superiores da UFPA (Sege), das 9h as 17h30, foram definidas as regras que regem o processo de sucessão, a forma de seleção dos integrantes da comissão eleitoral e o tipo de consulta à comunidade acadêmica, já marcada para o próximo dia 29 de junho.
Novidades - Entre as novidades para o processo deste ano estão à indicação do Diretório Central dos Estudantes (DCE) para os cinco nomes de universitários que representarão a categoria na comissão eleitoral, que antes eram indicados pelo Consun; e o uso, pela primeira vez, de cédulas com cores distintas para a votação de técnicos, docentes e discentes na consulta à comunidade, o que deve facilitar a fiscalização e contagem dos votos.
Debates - Os pontos mais polêmicos debatidos pelos conselheiros foram a probabilidade de voto de aposentados e voluntários que atuam na UFPA (rejeitado pela plenária), a propaganda eleitoral dos pré-candidatos à Reitoria (restrita às ações que não causem danos ao patrimônio da Universidade) e o financiamento de viagens dos candidatos aos 12 campi para realização de debates (que serão custeados pelas chapas).

A definição do tipo de consulta à comunidade acadêmica foi o momento mais exaltado da reunião. As representações e sindicatos de técnicos e docentes e, especialmente, dos estudantes, pediram a troca do voto paritário pelo universal nas próximas eleições. Mas a maioria dos conselheiros optou por manter o voto paritário e defendeu que cada categoria tenha o mesmo peso na soma dos votos.
Comissão – Na reunião também foi nomeada a comissão eleitoral que, agora, coordenará o processo de sucessão para reitor e vice-reitor da UFPA. O grupo é formado pelos discentes Marcelo Silva, Felipe Bandeira e Leonardo Reis; pelos técnicos Angela Santos, Guilherme Dergan e Leonel Costa; e pelos docentes Jane Beltrão, Alberto Damasceno e Hamilton Oliveira. São suplentes da comissão os universitários José Everton Araújo e Marilene Pereira; dos técnicos Geraldo Castro e Gabriel Oliveira; e dos professores Carlos Henrique Almeida e Armando Chermont.
As decisões do Consun ainda serão homologadas em uma nova reunião e, em seguida, o reitor interino da UFPA, Horacio Schneider, irá convocar a comissão eleitoral para iniciar os trabalhos de preparação para a consulta à comunidade universitária no dia 29 de junho.


A consulta à comunidade no final do mês que vêm deve garantir que os trâmites para a nomeação do novo reitor pela presidência da república ocorram no prazo de 60 dias, previsto na legislação no caso de vacância da Reitoria. Na UFPA, o prazo começou a ser contabilizado no dia 17 de maio, quando o reitor Carlos Maneschy renunciou ao cargo.
Texto: Glauce Monteiro - Assessoria de Comunicação da UFPA. Fotos: Alexandre Moraes

quinta-feira, 31 de março de 2016

Lava Jato já teme ações do PMDB e PSDB para barrar as investigações

Integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato ouvidos em reportagem do site Valor, afirmam que “a força-tarefa da Operação Lava-Jato prepara-se para resistir à uma ofensiva política encabeçada pelo PMDB para esvaziar as investigações sobre o recebimento de propinas por deputados e senadores no esquema de desvios de recursos descoberto na Petrobras.”

Membros da força-tarefa avaliam que a Lava Jato está chegando ao ápice do núcleo político [PMDB e PSDB], revelando o envolvimento de praticamente todos os partidos no esquema de corrupção, e acreditam que a retaliação do Legislativo está em curso e será inevitável.

A expectativa é que, se confirmando a hipótese de impeachment de Dilma Rousseff, o PMDB conduza uma aliança com a atual oposição [PSDB] para promover alterações legislativas que enfraqueçam o poder de atuação do Ministério Público, dizem.

Fonte: 
http://www.netcina.com.br/2016/03/lava-jato-ja-teme-acoes-do-pmdb-e-psdb-para-barrar-as-investigacoes.html