terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Presidências das comissões na Câmara dos Deputados são escolhidas pelos líderes

Reunião com líderes partidários para definir quem irá ocupar as presidências das comissões temáticas permanentes da Casa
Laycer Tomaz / Câmara dos Deputados

Os líderes partidários se reuniram nesta terça no gabinete da Presidência da Câmara e definiram a presidência das comissões. Eles decidiram dividir a Comissão de Turismo e Desporto em duas para permitir que o PSC ganhasse a presidência de um colegiado.

O PSC vai presidir a Comissão de Legislação Participativa. A nova comissão, de Desporto, será encabeçada pelo PDT. O PT acabou ficando com a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, que, em um primeiro momento, chegou a ser escolhida pelo PTB. Os nomes dos deputados que vão presidir cada uma das comissões serão escolhidos posteriormente.

Entenda o funcionamento das comissões permanentes da Câmara dos Deputados.

Confira como ficou a divisão das comissões entre os partidos:

Reportagem - Carol Siqueira
Edição - Newton Araújo
http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/POLITICA/462296-PRESIDENCIAS-DAS-COMISSOES-SAO-ESCOLHIDAS-PELOS-LIDERES.html

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Publicação online do IPHAN consolida diretrizes da Educação Patrimonial no Brasil

Livro EP

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) lançou no dia 10 de janeiro, a publicação Educação Patrimonial: histórico, conceitos e processos. A expectativa é que a publicação seja um marco institucional que referencie as ações e experiências no âmbito da Educação Patrimonial, de forma a articular de maneira participativa as unidades do IPHAN, outras instâncias governamentais e a sociedade civil como agentes de uma política com abrangência nacional.

 

Produzido pela Coordenação de Educação Patrimonial (Ceduc) do Departamento de Articulação e Fomento (DAF/IPHAN), a publicação é resultado de um percurso amplo de debates, pesquisas teóricas e avaliações das práticas e ações educativas voltadas à preservação do Patrimônio Cultural, dentro e fora do IPHAN. Seu conteúdo consolida as atuais diretrizes conceituais e macroprocessos institucionais com os quais o IPHAN tem atuado. O trabalho marca o esforço em constituir o campo da Educação Patrimonial como uma área finalística, de caráter transversal e dialógico, dedicada à promoção, coordenação, integração e avaliação da implementação de programas e projetos educativos no âmbito da Política Nacional do Patrimônio Cultural.

 

Dividido em três partes, o livro Educação Patrimonial: histórico, conceitos e processos descreve, em primeiro lugar, a trajetória histórica de ações educativas dentro do IPHAN, destacando documentos, iniciativas e projetos utilizados como estratégia de proteção e preservação do patrimônio sob sua responsabilidade. Em seguida, volta-se para a descrição dos fundamentos conceituais que amparam as atuais políticas da área. Por fim apresenta os três macroprocessos institucionais desenvolvidos pela Ceduc: inserção do tema patrimônio cultural na educação formal; gestão compartilhada das ações educativas; e a instituição de marcos programáticos no campo das ações de Educação Patrimonial.

 

O Livro está diponível aqui.

Fonte: Site Iphan

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Violação de direitos humanos na mídia: até quando?

O comentário de Rachel Sheherazade sobre a agressão a um jovem negro levanta debate sobre mídia e direitos humanos e expõe inúmeras violações cometidas pela mídia. Resta saber o que será feito de fato!

 Rachel Sheherazade
A apresentadora do SBT Rachel Sheherazade

Por Ana Graziela Aguiar*

As cenas de violência contra um jovem de dezesseis anos, amarrado nu a um poste, no Rio de Janeiro, chocaram o país. O jovem foi espancado e estava sendo linchado publicamente, supostamente por ser acusado de roubo. A imagem já é chocante, mas ganhou cores ainda mais intensas com o comentário feito pela jornalista Rachel Sheherazade, âncora do principal telejornal do SBT. Conhecida por seus pronunciamentos conservadores, Sheherazade classificou o adolescente como “marginalzinho” e afirmou que a atitude de “vingadores” é compreensível em um país onde, segundo ela, o Estado é omisso e a justiça falha. Não satisfeita, a jornalista incitou: “O que resta ao cidadão de bem, que ainda por cima é desarmado? Se defender, é claro”.

O comentário de Rachel Sheherazade reacendeu a importante discussão sobre a relação da mídia com os direitos humanos, que percorre desde a incitação à violência e o desrespeito aos direitos humanos e chega à discussão sobre a concessão de rádios e TVs no Brasil. Diante disso, é fundamental recordar que o respeito “à dignidade da pessoa humana” consta já no primeiro artigo da Constituição Federal. Ao incitar a violência, convocar o cidadão a ir para as ruas e “resolver” o que o Estado e a polícia são incapazes de resolver, Rachel Sheherazade feriu de forma grave a Constituição. E não apenas. Ela desrespeitou também a proteção à criança e ao adolescente, que é reafirmada no artigo quinto do Estatuto da Criança e do Adolescente: “ Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”. Quando concorda com o linchamento público de um adolescente suspeito de roubar algo, a jornalista fere também o ECA e legitima o preconceito e o extermínio sofridos por jovens negros de todo o país.

Além de leis que regem a atuação de todos nós, cidadão comuns em nossa vida em sociedade – e aqui se inclui também Sheherazade, há outras normas que regulam emissoras de rádio e de televisão e que seguem sendo desrespeitadas com frequência, certamente encorajadas pelo silêncio do Estado, do governo, do Ministério das Comunicações. Desresponsabilização que foi utilizada pelo SBT como argumento para se esquivar das inúmeras críticas à postura expressa no telejornal da emissora. O que não condiz com a verdade. Por se tratar de um bem público e, portanto, que deve ser regulamentado pelo Estado, há uma série de leis que organizam o campo das comunicações e que deveriam ser seguidas. É o caso do decreto que regulamenta os serviços de radiodifusão (Decreto presidencial 52795/63), que em seu Artigo 28, item 12, inciso b, determina que que as emissoras devem respeitar obrigações como “ não transmitir programas que atentem contra o sentimento público, expondo pessoas a situações que, de alguma forma, redundem em constrangimento, ainda que seu objetivo seja jornalístico”. 

É importante ressaltar que embora a liberdade de radiodifusão seja algo assegurado pelo Código Brasileiro de Telecomunicações, infrações podem e devem ser punidas. O Artigo 122 do mesmo Regulamento dos Serviços de Radiodifusão, em seus item 1, 4 e 5, respectivamente, deixa claro que incitar a desobediência às leis ou às decisões judiciárias; fazer propaganda de guerra ou de processos violentos para subverter a ordem política ou social e promover campanha discriminatória de classe, cor, raça ou religião são faltas graves, cuja pena pode variar de um a trinta dias de suspensão para permissionárias e/ou concessionárias dos serviços de radiodifusão.

Cabe ao Ministério das Comunicações fiscalizar de forma ostensiva todo o conteúdo veiculado por emissoras de rádio e televisão e fazer com que o Código Brasileiro de Telecomunicações seja respeitado. Além desse acompanhamento por parte do Estado, é papel também do cidadão tomar a comunicação como um direito seu e atuar diretamente na observação e denúncia de desrespeitos aos direitos humanos observados no sistema de radiodifusão.

É a partir de um olhar crítico do cidadão que teremos menos “Racheis Sheherazades” e mais espaço para um jornalismo que cumpra realmente com a função social de informar e educar. E a resposta à provocação feita pela jornalista, quando nos convida a “adotar um bandido” deve sempre ser a de: sim, queremos acolher e proteger um ser humano. E queremos que a mídia faça o mesmo ou que seja responsabilizada pelo descumprimento da legislação e de suas funções.

* Ana Graziela Aguiar é jornalista e integrante do Intervozes.

Eleições 2014 e a encruzilhada histórica do PT-Pará

Por Wellington Lucas*




Na última sexta-feira dia 07/02/2014 o atual presidente Estadual PT, Dep. Estadual Milton Zimmer, a executiva estadual, o ex-presidente estadual João Batista, o presidente honra Paulo Rocha, o presidente municipal PT-Belém Apolônio Brasileiro, o ex-presidente municipal PT-Ananindeua José Oeiras, coordenador@s de Setoriais PT, parlamentares e demais lideranças reuniram na sede estadual do partido com então presidente nacional da legenda Rui Falcão em visita ao Pará (alguns alegam após pressão senador Jader Barbalho, buscando definir logo a situação do Pará no tabuleiro eleitoral 2014) e, ao que tudo indica, ficou definido nesta reunião e, em seguida, levada ao conhecimento cúpula PMDB no Pará (matéria acima Jornal, publicada dia seguinte) a já esperada aliança em 1º turno com PMDB mediante apoio a candidatura ex-prefeito município de Ananindeua Helder Barbalho a Governador nas eleições 2014 com total apoio PT, garantindo, assim, decisão da cúpula nacional PT em manter "a todo custo" a manutenção da estratégia nacional de reeleição da Presidenta Dilma para 2º. mandato a frente do projeto nacional de transformações que o Brasil vem vivenciando nos últimos 10 Anos.

Ocorre porém que a militância PT aguardava (conforme prevê Estatuto do Partido e rito interno) que tal decisão fosse avaliada e discutida abertamente durante Encontro Estadual (previsto para Fev/Mar 2014) de definição de Estratégia e Tática Eleitoral para as eleições 2014.

Diante do cenário antecipado e definido de modo rápido e reservado há diversas lideranças e parlamentares que já demonstram insatisfação (em reuniões e nas redes sociais) sobre o engodo histórico, enfiado "goela abaixo" pela direção do partido, afirmando que: "a definição da aliança eleitoral foi antecipada deliberadamente pela direção nacional e estadual do partido, sem o devido debate com a militância nos encontros, uma vez que, tal decisão deveria ser aprovada durante Encontro Estadual com delegad@s das chapas eleit@s durante PED-2013.

Considerando as três últimas eleições no Pará (12 anos), tal cenário confirma o pesadelo de algumas lideranças de vivenciar nas eleições 2014 o partido sem candidatura própria ao Governo Estado. Não obstante, reações adversas surgem e, naturalmente, já se inicia uma série de movimentações no interior do partido, tanto em defesa da aliança, como contrário a ela. Já fala-se em criação de uma Frente Petista em defesa do Modo Petista de Governar o Pará, visando arregimentar o maior número de militantes para rever decisão tomada pela direção estadual, sem a devida aprovação no encontro destinado estatutariamente para tal fim. Espera-se ainda que, uma vez confirmado a realização do Encontro Estadual do PT (final Março/2014), haverá debate tenso e com forte demonstração de insatisfação da militância. Vamos acompanhar os registros dos acontecimentos que ainda estão por vir nos anais da história petista no Pará.

(*) Wellington Lucas é filiado PT-Belém, ex-secretário de Finanças, servidor público federal, licenciado em História e pós-graduado em Gestão Pública.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

'Há um abismo entre o Cristo da fé e o Jesus histórico', afirma historiador

Reza Aslan escreveu um livro sobre o Jesus histórico, que virou best-seller. A vida de Jesus é alvo de pesquisas desde o século XIX.

O novo testamento conta a história de Jesus Cristo, mas o que dizem outras fontes sobre quem realmente foi Jesus? O Jesus histórico. Esse tema é alvo de pesquisas desde o século XIX. O historiador Reza Aslan reuniu as principais conclusões no livro ‘Zelota – A vida e o tempo de Jesus de Nazaré’, que virou best-seller nos Estados Unidos.


O livro de Aslan provocou a ira de fundamentalistas cristãos, que atacaram o historiador. Como é possível que um muçulmano fale sobre Jesus? Jovem americano de origem iraniana, Aslan vive na Califórnia. Ele só teve contato com o evangelho aos 15 anos, e ficou fascinado. "Eu nunca tinha ouvido nada parecido na vida. Foi uma experiência transformadora", conta.

O contato com a história de Jesus Cristo foi tão marcante para Aslan que ele decidiu se converter e pregar a mensagem de Deus a todos que conhecia. A religião também influenciou a vida acadêmica do historiador, que decidiu estudar o Novo Testamento. Foi quando ele se surpreendeu. "Foi nesse momento que tive a percepção de que muita coisa que eu julgava saber sobre Jesus era incompleta, se não incorreta, e que há um abismo entre o Cristo da fé, ao qual fui apresentado na igreja, e o Jesus histórico", explica.

Descobrir que suas percepções não eram tão exatas fez com que Aslan passasse a estudar mais sobre o Jesus histórico. Essa pesquisa originou o best-seller ‘Zelota – A vida e o tempo de Jesus de Nazaré’. "Jesus se tornou mais real para mim, mais acessível e até mais simpático. E o livro surgiu disso; eu quis escrever sobre esse homem”, conclui o historiador.

Fonte: http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2014/01/ha-um-abismo-entre-o-cristo-da-fe-e-o-jesus-historico-afirma-historiador.html