segunda-feira, 30 de setembro de 2013

DÍVIDA CONSUMIRÁ MAIS DE UM TRILHÃO DE REAIS EM 2014

Por Maria Lucia Fattorelli*


O governo federal enviou ao Congresso Nacional a previsão orçamentária para 2014 com a impressionante destinação de R$ 1,002 TRILHÃO de reais para o pagamento de juros e amortizações da dívida, sacrificando todas as demais rubricas orçamentárias.

Esse dado chocante explica porque vivemos uma conjuntura marcada pela falta de atendimento aos direitos fundamentais e às urgentes necessidades sociais relacionadas principalmente aos serviços de saúde, educação, transporte, segurança, assistência, etc. Explica, adicionalmente, o avanço das privatizações representadas pela venda de patrimônio público e entrega de áreas estratégicas que representam estrutura do Estado, comprometendo a segurança e a soberania nacional: portos, aeroportos, estradas, ferrovias, energia, comunicações, e principalmente petróleo. As ofertas ao setor privado fazem parte do Programa de Investimento em Logística (PIL) e estão sendo realizadas inclusive em seminário realizado em Nova Iorque em 25.09.2013, na sede do banco Goldman Sachs, com a participação das mais altas autoridades do governo brasileiro.

Os discursos da presidenta Dilma, do presidente do Banco Central, BNDES e Ministro da Fazenda presentes no evento manifestaram publicamente a oferta de oportunidades especiais para investimentos privados no País, com a garantia de financiamentos por bancos públicos nacionais e garantias contra eventuais riscos, oferecendo não só o patrimônio, mas convocando o setor privado para participar da gestão do País.

É evidente que a exigência de crescentes volumes de recursos para o pagamento de juros e amortizações da dívida tem impedido a realização dos investimentos necessários, o que tem sido utilizado como justificativa para a contínua e inaceitável entrega de patrimônio estratégico e lucrativo. Cabe realçar especialmente a campanha contra o leilão do Campo de Libra, agendado para outubro próximo, quando se pretende rifar reserva de petróleo superior à soma do que já foi leiloado nas outras quinze rodadas já realizadas durante os governos de FHC e Lula. De acordo com dados do Sindipetro-RJ, a riqueza do pré-sal coloca o Brasil entre os três maiores produtores de petróleo no mundo. 

Considerando o disposto em nossa Constituição Federal, a capacidade da Petrobrás e o compromisso assumido pela Presidenta Dilma durante sua campanha eleitoral, não há justificativa plausível para o leilão anunciado, por isso todos devemos apoiar e reforçar a campanha “O petróleo tem que ser nosso”, repudiando e requerendo o cancelamento desse leilão. Para continuar alimentando o Sistema da Dívida em âmbito nacional e regional, o governo sacrifica o povo com pesados tributos, ausência de retorno em bens, serviços e investimentos, e ainda rifa o patrimônio público. Por isso perseveramos com os trabalhos da Auditoria Cidadã, exigindo a realização da auditoria e completa transparência desse perverso Sistema da Dívida.

(*) Maria Lucia Fattorelli é Coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã da Dívida
Acesse: www.auditoriacidada.org.br

domingo, 29 de setembro de 2013

Humanidade precisará de dois planetas em 2030


Com o atual ritmo de consumo dos recursos naturais do nosso planeta, segundo o relatório Planeta Vivo de há dois anos - responsabilidade da organização WWF, Sociedade Zoológica de Londres e da Global Footprint Network - precisaríamos de um segundo planeta por volta do ano 2050. Recentemente, re-avaliadas as diversas condicionantes desse estudo, iremos ter essa necessidade 20 anos antes, ou seja, em 2030. Acabamos de hipotecar o futuro dos nossos filhos, que por essa altura estarão a entrar para o mercado de trabalho, com um planeta completamente hipotecado caso não se faça algo muito urgentemente.




Mathis Wackernagel, director-executivo da Global Footprint Network, refere que satisfazer o actual nível de consumo da humanidade será "impossível" causando alterações graves no ecossistema global e ameaçando as bases económicas da actual sociedade global. A dificuldade em produzir recursos básicos irá fazer disparar o preço dos alimentos e da energia, causando uma crise à escala mundial.

Com base no relatório, estima-se que a humanidade tem uma pegada ecológica de cerca de 17.5 mil milhões de hectares globais, correspondendo a cerca de 2.1 hectares por pessoa, na prática, mais 31% do que a capacidade do planeta para reproduzir recursos naturais. Em termos simples, o planeta esta a demorar cerca de 1 ano e 3 meses para repor aquilo que a população global consome num único ano. Por este andar, temos mais 22 anos até ao colapso do ecossistema global.

Em 2005, os Estados Unidos e a China eram os países com maior pegada ecológica, cada um usando 21 por cento da biocapacidade do planeta. Nos Estados Unidos, por exemplo, uma pessoa precisa de 9,4 hectares, em média. Os Emirados Árabes Unidos é o país com a maior pegada ecológica per capita, com 9,5 hectares; a média na União Europeia é de 4,7 hectares.

Abaixo podemos ver a pegada ecológica do Brasil, onde os recursos naturais consumidos estão abaixo da capacidade de reposição. Simplificando, a linha laranja deve estar abaixo da linha azul, indicando um consumo abaixo da capacidade de produção.




Portugal, por seu turno, claramente acima no consumo face à sua capacidade de reposição, de resto uma tendência de toda a Europa.




A título de curiosidade, o mesmo gráfico para os Estados Unidos.




É urgente divulgar esta mensagem. É urgente sensibilizar tudo e todos para que se criem políticas ambientais credíveis que façam a diferença. Não será de um dia para o outro que a mudança irá ocorrer, mas a questão preocupante que fica é: começaremos a tempo de salvar o destino da humanidade?

Fontes: GlobalFootprint Publico.
http://obviousmag.org/archives/2008/10/panico_ecologico_-_humanidade_precisara_de_dois_pl.html

sábado, 21 de setembro de 2013

Pare de se desculpar!

Por Fabiana Bertotti*

Gosto de pedir desculpas. Tenho uma dificuldade, ainda mais quando sei que a culpa não é toda minha, mas se esta palavrinha mágica for pronunciada por evitar a Terceira Guerra Mundial. É uma satisfação de dever cumprido, parecido com aquela que experimento ao correr meus cinco quilômetros diários, mesmo numa manhã fria e chuvosa. Algo do tipo “sei que preciso, sei que não preciso tanto, mas sei que será ótimo depois”. Captou a essência?

Obviamente, já que o assunto foi dar, nem preciso fazer charme para contar que dá um certo alívio ao receber também. Depois da mágoa, do mal entendido. Não resolve, não cura totalmente, todavia, um lenitivo é. É a água com sabão que aos poucos ajuda a não ficar a infecção. É algo do tipo: “não paga a conta, mas diminui a dívida”. Entendeu bem? Desculpe-me se não fui tão clara.
Deste tipo de desculpas eu gosto, cultivo afeição. Só que tem uma que não. É a desculpa por não tentar, por não fazer, por não ir adiante e não exercer. Esta eu abomino. Acho até que você também, ainda mais que é sempre a placa na frente  da cara daquela pessoa que de fato não se esforça para resolver uma pendência ou constantemente vai na direção oposta à que deveria confiante que um simples “desculpa” resolve sua situação e explica sua falha.
Existem aquelas pessoas que conscientemente erram, querem errar, magoam e desdenham do sofrimento que provocam esboçando um “me desculpe” como código social que o isenta da consequência. Como aquele filho que sempre afronta e ofende os pais, a mãe que sempre se descontrola e espanca os filhos, o funcionário que sempre chega atrasado ou fica aquém do que poderia, ou o chefe que assedia seus funcionários. Muitos comportamentos doentios não são descartados ou tratados porque se escoram na tal desculpa.
Também tem a outra desculpa, parecida com esta, mas um tiquinho diferente. É de gente preguiçosa, sem ânimo, com afetação de sucesso. É aquele aluno que inventa sempre algo para justificar as constantes derrotas estudantis, é da gente rude que culpa o passado por ser grossa hoje em dia, é do divorciado que culpa sempre o outro cônjuge por seus fracassos sucessivos mesmo depois de anos.
Outro dia ouvi algo de uma pessoa que tentava proteger um indivíduo que foi grosseiro comigo. O protetor pediu para eu ser mais dócil com o fulano em questão, pois ele tinha vivido uma infância difícil, sem pais por perto, sem dinheiro, sem educação formal na idade certa, enfim… boas desculpas até. Acontece que isto não é desculpa, ou melhor, é, mas esfarrapada. Conheço muita gente (familiares, inclusive) que tiveram problemas iguais ou maiores, todavia olharam de novo pra sua situação e no lugar de se acovardar com autopiedade, fizeram daquilo trampolim para algo melhor. Gente que hoje tem formação, tem carreira, tem família e tem uma doçura e apreciação por seus semelhantes que nenhuma escola cristã poderia inculcar.
Não importa quão difícil seja ou tenha sido a sua vida, quantas dificuldades tenha passado ou quão chatas as pessoas ao seu redor. Simplesmente não há desculpas para a inércia! Antes de pensar numa desculpa, aqui, lendo este texto, pense em quanta coisa poderia ter feito se apenas se mexesse, se movesse! Não tem a ver com sua vida, tem a ver com seu caráter, com sua real vontade de mudar, de ir pra frente – e superar, muitas vezes -, além do que as circunstâncias dão por certo.
É sua vida, sua chance! Sem desculpas, por favor!
(*) Fabiana Bertotti é jornalistas e escritora e publica artigos sobre comportamento humano. Twitter: @fabibertotti Facebook: Facebook.com/Fabibertotti Blog: Fabianabertotti.com

terça-feira, 17 de setembro de 2013

4a CONFERÊNCIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE



 
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) realizará a IV Conferência Estadual de Meio Ambiente, que acontecerá dia 18 e 19 de setembro de 2013, em Belém.  A organização da IV Conferência contará com uma Comissão Organizadora Estadual (COE), composta por órgãos e instituições representativas do poder público, da sociedade civil e do setor empresarial designada pela Portaria do Secretário de Estado de Meio Ambiente, José Alberto da Silva Colares, e terá como objetivo contribuir para aimplementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, debatendo prioritariamente a produção de consumo sustentável, a redução de impactos ambientais, a geração de emprego, trabalho e renda, e a educação ambiental.
O Regimento Interno da IV Conferência ainda será aprovado pela Comissão Organizadora Estadual e editado pela Portaria do Secretário de Meio Ambiente.
Mais informações pelo e-mail: conferenciameioambientepa@gmail.com
Telefone: (91) 8194-3254
Baixe todos os documentos:

II CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO DOS POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS – 2014 “Direito dos povos e comunidades tradicionais: entre a implementação, ameaça e retrocesso constitucional” 

24 a 26 de março de 2014
Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Salvador – Bahia – Brasil

O II Congresso Internacional de Direitos dos Povos e Comunidades Tradicionais – IICIDPCT-2014 apresenta-se como o espaço de diálogo, para o conhecimento sobre as pesquisas acadêmicas e as práticas do desenvolvimento, na efetivação de direito dos povos e comunidades tradicionais.
Nesta segunda edição, o congresso amplia a participação e diálogos de saberes com a realização de conferências, mesas temáticas e rodas de diálogos com a apresentação de trabalhos orais e pôsteres. Além do Circuito Cultural aberto ao lançamento de obras literárias, musicais, exposições, rodas de poesia entre outras atividades.
Pela sua amplitude, o IICIDPCT-2014 tem como objetivo garantir a roda de saberes entre as pesquisas acadêmicas, reconhecendo os povos e comunidades tradicionais como “Sujeito de Direitos” na defesa dos territórios tradicionais.

Assim, fica convidada a comunidade acadêmica nacional e internacional, os povos e comunidades tradicionais, movimentos sociais, entre outros segmentos da sociedade a contribuírem com suas pesquisas ou trabalhos nesta segunda edição, deste importante congresso.
PROGRAMA
Os eixos temáticos e os procedimentos para apresentação dos trabalhos seguem abaixo:
1. EIXOS TEMÁTICOS
I – OBRAS DE GRANDE IMPACTO E TERRITÓRIOS TRADICIONAIS
II – TERRITÓRIOS TRADICIONAIS E AMEAÇAS DE RETROCESSOS CONSTITUCIONAIS
III – POVOS TRADICIONAIS E VIOLAÇÃO A DIREITOS HUMANOS
IV – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS SUJEITOS COLETIVOS DE DIREITO – AVALIAÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA
V – O TEMPO E ESPAÇO PARA A GARANTIA DOS TERRITÓRIOS TRADICIONAIS

2.  PROCEDIMENTOS PARA APRESENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS
2.1. Avaliação dos trabalhos
Os trabalhos, na íntegra, serão submetidos à seleção e avaliação realizadas pela Comissão Técnica-Científica do IICIDPCT.
2.2. Procedimento
Os trabalhos científicos para avaliação deverão ser enviados exclusivamente pela Internet, até às 24h (horário oficial de Brasília) do dia 29 de novembro de 2013, para o e-mail gphedufba@hotmail.com. O artigo a ser submetido deve estar no formato “pdf”. Os trabalhos deverão ser enviados sem a identificação dos autores, segundo o Modelo do artigo. Para facilitar a formatação, disponibilizamos também o formato word e inclusão de todos os autores do trabalho os dados de filiação institucional.
http://www.baixaki.com.br/download/pdf-creator.htm
Cada autor poderá inscrever no máximo 2 (dois) trabalhos, sendo que a contagem do número de trabalhos não distingue autoria de co-autoria. Ressalva-se que cada trabalho deverá ser inédito e que o mesmo trabalho não poderá ser apresentado em mais de uma área temática. O número máximo de autores nos trabalhos é 5 (cinco)*. (*ampliado por demanda da comunidade acadêmica). É importante observar as instruções de formato dos trabalhos, pois previamente será realizada uma avaliação dos conteúdos, verificando o cumprimento da formatação exigida. Não serão aceitos arquivos infectados com vírus.

2.3 Prazos para envio dos trabalhos completos:
Até 29 de novembro de 2013 (primeira chamada) – Envio dos trabalhos/pôsteres completos. Nota: O envio integral do trabalho implica no cadastramento on-line de participação.

2.4 Tipos de trabalhos a serem aceitos para o IICIDPT: Trabalhos científicos, relatos de experiência e pôsteres.

2.4.1 Formas de apresentação dos trabalhos:
Os trabalhos poderão ser apresentados na forma de comunicação oral ou pôster e a escolha deverá ser indicada no Formulário de Submissão de Trabalho, quando do envio.

2.4.2 Normas de padronização para o trabalho:
Todos os trabalhos a serem apresentados devem contemplar as exigências das Normas de Apresentação Tabular do IBGE e das seguintes normas da ABNT:
NBR 6022:2003 – Informação e documentação: artigo em publicação periódica científica impressa. Apresentação;
NBR 6023:2002 – Informação e documentação: elaboração de referências;
NBR 6024/2012 – Numeração progressiva das seções de um documento;
NBR 6028:2003 – Resumo (Tipo Informativo);
NBR 10520:2002 – Informação e documentação: citações em documento Apresentação.

2.4.3 Trabalhos técnico-científicos, relatos de experiência e resumos expandidos
2.4.3.1 Formato
a)      os trabalhos técnico-científicos deverão conter de 9 a 15 páginas, incluindo anexos, tabelas e gráficos;
b)      os relatos de experiência deverão conter de 7 a 10 páginas, incluindo anexos, tabelas e gráficos;
c)      os resumos expandidos deverão conter de 2 a 4 páginas, incluindo anexos, tabelas e gráficos;
d)      digitado em papel tamanho A/4, na versão 6.0 ou posterior do editor de texto Word for Windows, fonte Arial, 12;
e)      tabelas e gráficos na mesma versão (fonte Arial, corpo 11);
f)      entrelinha e espaçamento de 1,5 cm;
g)      margens superior e esquerda de 3 cm; margens inferior e direita de 2 cm;
h)      paginação: inserir número de páginas no rodapé com alinhamento ao lado direito;
i)        notas: devem ser colocadas no rodapé;
j)     cabeçalho: a margem superior centralizada deve possuir um cabeçalho com a seguinte frase: II Congresso Internacional de Direito dos Povos e Comunidades Tradicionais – Salvador, BA, Brasil, 24 a 26 de março de 2014. A letra deve ser Arial, tamanho 10, exatamente conforme o modelo de artigo disponível no site;
k)      título: deve estar na primeira linha da primeira página. Centralizado, letra Arial tamanho 12, em negrito, primeira letra em maiúscula e demais letras em minúscula;
l)        resumo: duas linhas abaixo do título, o resumo deve ser no próprio idioma do trabalho, com no máximo 250 palavras. Deve-se utilizar texto com fonte Arial, tamanho 12, com espaçamento entre linhas simples;
m)    palavras-chave: Uma linha abaixo do resumo, devem ser informadas as palavras-chave, no mesmo idioma do artigo. Sugere-se a apresentação de três palavras-chave a cinco palavras, com primeira letra de cada palavra em maiúscula e o restante em minúsculas, separadas entre si pelo ponto final (.);
n)     área temática: uma linha abaixo das palavras-chave, deve ser informada a área temática do artigo;
o)      títulos das seções: os títulos das seções do trabalho devem ser posicionados à esquerda, em negrito, numerados com algarismos arábicos (1, 2, 3 etc.). Deve-se utilizar texto com fonte Arial tamanho 12, em negrito. Otítulo da primeira seção deve ser posicionado duas linhas abaixo da área temática;
p)      corpo do texto: o corpo do texto deve iniciar abaixo do título das seções, deixando entre eles uma linha em branco. O corpo de texto utiliza fonte Arial, tamanho 12, justificado na direita e esquerda, com espaçamento entre linhas 1,5 cm e entrada de parágrafo (primeira linha) de1,25 cm, exatamente como este parágrafo;
-  No caso do uso de listas, o marcador disponível deve ser alíneas (letras: a), b), c) … ou 1., 2., 3. …);
q)      nomes dos autores: Não deverá haver identificação dos autores no trabalho. A identificação dos autores do artigo, em qualquer parte, acarretará na desclassificação do mesmo. Deve haver cuidado especial em retirar as identificações constantes nas propriedades do arquivo (menu arquivo/propriedades/resumo). Sugerimos que, após a conversão para o formato pdf, os autores verifiquem este quesito, acessando as propriedades do documento;
r)        as citações longas (mais de três linhas), as notas de rodapé, as legendas das ilustrações e/ou tabelas, resumo, palavras chaves e a área temática devem ser digitadas com espaçamento simples;
s)      as referências devem ser digitadas com espaço simples e separadas entre si por um espaço em branco simples, conforme NBR 6023:2002;
t)        os títulos das seções devem ser separados do texto que os sucedem por um espaço em branco de 1,5 cm;
u)      os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precedem e que os sucedem por um espaço em branco de 1,5 cm.

2.4.3.2 Comunicação oral:
15 minutos de exposição para os trabalhos técnico-científicos, dando prioridade ao problema da pesquisa, à metodologia e aos resultados obtidos.
10 minutos para os relatos de experiência, podendo o autor utilizar, em sua apresentação, slides, filmes, pôsteres.
Após a apresentação de cada trabalho, a plateia terá 5min para perguntas.
Nota: O centro de convenções de computador com datashow e projeção de vídeo.

2.5 Resumos expandidos para apresentação em pôsteres.
2.5.1 Elementos
Os resumos expandidos devem incluir os seguintes elementos:
a)       Introdução: apresentar de forma sucinta o tema abordado, a questão, o problema, a justificativa, os objetivos do trabalho e as principais pesquisas publicadas sobre o(s) assunto(s);
b)     Materiais e Métodos: apresentar de forma sucinta os materiais e métodos utilizados, tais como: método empregado, população e amostra, técnicas, instrumentos e procedimentos de coleta dedados e procedimentos de análise;
c)       Resultados Parciais/Finais: apresentar de forma sucinta os resultados pretendidos e/ou obtidos até o momento;
d)     Considerações Parciais/Finais: apresentar de forma sucinta as reflexões realizadas até o momento, os aspectos relevantes sobre o trabalho e as recomendações que se façam necessárias;
e)       Referências: apresentar os trabalhos dos autores citados no texto, conforme NBR 6023.

2.5.3 Apresentação
O pôster será em formato digital, arquivo.ppt (PowerPoint 97-2003 ou posterior), com, no máximo, 5 (cinco) slides e produzido pelo interessado.
Deverá ser auto-explicativo, contendo no primeiro slide: nome do evento; título do trabalho; nome(s) do(s) autor(es), por extenso; nome e sigla da instituição de origem; nome da cidade, do estado, do país e seus respectivos endereços eletrônicos.
Duração da projeção do pôster: A projeção durará 10 minutos.

Sobre o apresentador:
O apresentador deverá ser necessariamente um dos autores do trabalho, conforme indicado no sistema de submissão do evento e deverá ficar ao lado de seu trabalho enquanto ele estiver sendo projetado, dando oportunidade para os autores dos resumos expandidos interagirem com os interessados em sua contribuição.
Entrega do arquivo: A Secretaria do Evento estará recebendo os arquivos a partir das 8h do dia 24 de março de 2014.

Confirmação de presença do apresentador:
No dia de sua sessão, o apresentador deverá comparecer no local de sua apresentação para assinar a lista de presença. O apresentador que não comparecer terá sua apresentação cancelada. Horário de realização da apresentação: As apresentações serão realizadas pontualmente no horário marcado, conforme indicado no site do evento.

2.6. Aceitação dos trabalhos técnicos:
A Comissão técnico-científica do IICIPCT encaminhará, até 20 de janeiro 2014, comunicado de aceitação dos trabalhos para os respectivos autores.
Os autores de trabalhos selecionados devem confirmar sua participação mediante inscrição no IICIPCT até 30 de janeiro de 2014, para que os mesmos possam ser incluídos no programa oficial e nos anais, conforme instruções on-line do sistema de inscrição.
Os trabalhos apresentados por autores colaboradores ou por outra pessoa deverão, antecipadamente, apresentar na Secretaria do Congresso, carta do autor principal com o nome da pessoa responsável pela exposição do mesmo.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

PED 2013: PT/BELÉM TERÁ TRÊS CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA MUNICIPAL E QUATRO CHAPAS AO DIRETÓRIO MUNICIPAL

Terminou ontem o prazo de inscrições para as chapas e candidatos a presidência municipal do PT em Belém. As eleições ocorrerão no dia 10 de novembro de 2013, entre 9h às 17h e será precedida de diversos debates internos, em calendário a ser aprovado pelo Diretório Municipal no próximo dia 21 de setembro.
Além de novos dirigentes, os filiados do PT também irão escolher delegados e delegadas ao Encontro Municipal e aos Encontros Distritais em cinco (05) distritos. Como o regulamento do PED 2013 prevê que em Diretórios Distritais com menos de 1.000 filiados todos os petistas serão delegados aos encontros locais, as chapas dos distritos de Icoaraci (DAICO), Outeiro (DAOUT) e Mosqueiro (DAMOS) não possuem candidatos à delegado(a).
Ontem se inscreveram 03 candidatos(as) à Presidente(a) Municipal, 04 chapas ao Diretório Municipal, 18 candidatos(as) às presidências nos oito (08) distritos e vinte (20) chapas distritais. Veja abaixo o quadro de candidatos e chapas em Belém e nos distritos:
CANDIDATOS(A) À PRESIDENTE MUNICIPAL
1. APOLÔNIO PARENTE BRASILEIRO
2. DIÓGENES SILVA BRANDÃO (JIMMY)
3. REGINA LÚCIA BARATA PINHEIRO SOUSA
CHAPAS AO DIRETÓRIO MUNICIPAL
1. A HORA E A VEZ DA MILITÂNCIA
2. CANDIDATURA PRÓPRIA JÁ
3. É PELA ESQUERDA QUE QUEREMOS BELÉM, O PARÁ E O BRASIL
4. PRA FAZER MAIS E FORTALECER O PT

DABEL
CANDIDATOS À PRESIDENTE DISTRITAL
1. CARLOS AUGUSTO BARBOSA DOS SANTOS
2. SANDRO WANDERLEY LIMA BATISTA
CHAPAS AO DIRETÓRIO DISTRITAL
1. CANDIDATURA PRÓPRIA JÁ
2. CONSTRUINDO O PRESENTE PARA GANHAR O FUTURO
DABEN
CANDIDATOS(A) À PRESIDENTE DISTRITAL
1. MARIA ANTÔNIA SOARES SALGADO
2. RENATO SAMPAIO SILVA
CHAPAS AO DIRETÓRIO DISTRITAL
1. CANDIDATURA PRÓPRIA JÁ
2. É PELA ESQUERDA QUE QUEREMOS BELÉM, O PARÁ E O BRASIL
DAENT
CANDIDATOS À PRESIDENTE DISTRITAL
1. CLAUDIO DA SILVA SANTOS
2. JOEL ANTÔNIO DOS SANTOS
3. LOURIVALDO DE MELO OSÓRIO (LOURY)
CHAPAS AO DIRETÓRIO DISTRITAL
1. CANDIDATURA PRÓPRIA JÁ
2. CONSTRUINDO O PRESENTE PARA GANHAR O FUTURO
3. TEMPO NOVO NO DAENT
DAICO
CANDIDATOS(A) À PRESIDENTE DISTRITAL
1. CARLOS JOSÉ SILVA SANTOS (BIEL)
2. LUIZA TOMAZ CHAVES
CHAPAS AO DIRETÓRIO DISTRITAL
1. CANDIDATURA PRÓPRIA JÁ
2. CONSTRUINDO O PRESENTE PARA GANHAR O FUTURO
DAGUA
CANDIDATOS À PRESIDENTE DISTRITAL
1. FERNANDO AUGUSTO DA CONCEIÇÃO SILVA
2. NACOR ABRAÃO FURTADO DA SILVA
3. RUI GUILHERME CARNEIRO MORENO
CHAPAS AO DIRETÓRIO DISTRITAL
1. CANDIDATURA PRÓPRIA JÁ
2. CONSTRUINDO O PRESENTE PARA GANHAR O FUTURO
3. DAGUA PRA VALER
4. TEMPO NOVO NO DAGUA
DAMOS
CANDIDATO À PRESIDENTE DISTRITAL
1. LEIRSON WELLINGTON AZEVEDO DA SILVA
CHAPA AO DIRETÓRIO DISTRITAL
1. A ESPERANÇA É VERMELHA DE MOSQUEIRO
DAOUT
CANDIDATOS(A) À PRESIDENTE DISTRITAL
1. EDIR SANTOS DE SOUZA
2. VALDEREZ MARIA RODRIGUES CARREIRA
CHAPAS AO DIRETÓRIO DISTRITAL
1. CANDIDATURA PRÓPRIA JÁ
2. CONSTRUINDO O PRESENTE PARA GANHAR O FUTURO
DASAC
CANDIDATOS À PRESIDENTE DISTRITAL
1. AUGUSTO RENATO GONÇALVES DO ESPÍRITO SANTO (PROF. AUGUSTÃO)
2. JOSÉ MARIA OLIVEIRA DA SILVA (ZECA DO PT)
3. PAULO AFONSO CALDEIRA DOS SANTOS
CHAPAS AO DIRETÓRIO DISTRITAL
1. CANDIDATURA PRÓPRIA JÁ
2. CONSTRUINDO O PRESENTE PARA GANHAR O FUTURO
3. DASAC PRA VALER
4. TEMPO NOVO NO DASAC
Fonte: http://ptbelem.blogspot.com.br/2013/09/ped-2013-ptbelem-tera-tres-candidatos.html

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O tiro de largada da sucessão estadual no Pará

Por Lúcio Flávio Pinto*
edição de aniversário do Diário do Pará indica que o PMDB já tem um candidato ao governo em 2014: é Helder Barbalho, filho do cacique do partido. Seus inimigos também mandam aviso: vem mais chumbo grosso por aí. A guerra pelo poder promete violência e baixo nível.

A edição de aniversário de 31 anos do Diário do Pará circulou, no cabalístico dia 25, com 320 páginas. Não há indicação sobre esse volume na primeira página, como é praxe na imprensa, nem em qualquer outro espaço do jornal do senador Jader Barbalho. É preciso contar página por página, fazendo a conversão das páginas tablóides, em formato menor, para o formato standard (que têm o dobro de tamanho).

A imprensa paraense ainda não respeita suficientemente os seus leitores para prestar-lhe ainformação correta. O Diário preferiu retirar da sua capa a numeração total das páginas. Seu inimigo, O Liberal, da família Maiorana, optou por manter a manipulação: apregoa na capa que sua edição daquele mesmo domingo tinha 220 páginas, contando as dos suplementos como se fossem em formato grande. Feita a conversão, verifica-se que o número correto é o de 182 páginas.

Também ainda é prática da imprensa paraense avançar sobre anunciantes potenciais para levá-los a programar suas publicidades reforçadas para edições especiais, como as de aniversário (além de outras típicas de caça-níqueis). A edição de aniversário do Diário não contou, porém, com qualquer peça do governo do Estado, que, como entidades públicas e privadas, costuma responder presente a essas chamadas especiais Nem, evidentemente, da sua aliada, a prefeitura de Belém, igualmente controlada pelo PSDB.

O único anúncio fornecido por um órgão ligado indiretamente à administração estadual foi do Banco do Estado do Pará. A direção do Banpará teve o cuidado de não saudar o aniversariante, como seria de praxe. Apenas fez propaganda do sorteio de brindes entre seus clientes da conta-poupança. Como se fizesse uma veiculação rotineira, não de aniversário. Além do Banpará, a outra presença estadual foi a do secretário especial de promoção social, Alex Fiúza de Melo. O jornal publicou um artigo dele.

No mesmo domingo, o gabinete do governador fez anúncio de meia página em O Liberal, congratulando-se pela liberação da pecuária do Estado da febre aftosa. O contraste tem um significado claro: o governo do tucano Simão Jatene deixou de ser apenas adversário do cacique do PMDB no Pará; agora eles são inimigos. E o grupo de comunicação da família Maiorana passou de aliado a parceiro. Ambos os lados se preparam para a guerra que já estão travando e se intensificará até a eleição do próximo ano. Imprensa e política mais uma vez esquecerão que deviam formar corpos distintos para se agrupar em uma bipolaridade na disputa pelo poder local, que tem sido uma das marcas mais constantes (e negativas) da ação da elite paraense. Quem for podre que se quebre.

Nem sempre foi exatamente assim. A polaridade foi menos aguda em outros momentos. Mesmo sendo criticado, o chefe do poder executivo (aquele que mais poder detém, sobretudo por ter a chave dos cofres públicos) contemporizava o tratamento. Deixava sempre a porta entreaberta para mais um dos surpreendentes (embora constantes) rearranjos políticos. Inimigos da véspera se congraçavam no dia seguinte, despojados da memória crítica do passado.

Ser completamente marginalizado da propaganda oficial nunca foi um hábito comum para os Maiorana. Mesmo Jader Barbalho, que se tornou o inimigo número um da segunda geração da família, depois da morte do fundador do império das comunicações, Romulo Maiorana, em 1986, acabou tendo que programar publicidade do Estado nos veículos do grupo em seu segundo mandato (1991/95).

Para um político pragmático como ele, não havia alternativa: a TV Liberal é afiliada à Rede Globo e O Liberal ainda era, disparado, o líder do mercado de jornais impressos. Todos os veículos foram usados para tentar impedir a vitória de Jader na eleição de 1990. Derrotados, sabotaram o início da sua gestão. Brindados com anúncios, foram mudando de posição conforme a ressonância das moedas no caixa da empresa. Jader concluiu seu governo sem problemas. E os Maiorana continuaram a receber generosa verba oficial.

Para o grupo de comunicação do senador, ser privado da principal fonte de faturamento, que é a publicidade oficial, não é uma situação nova, mas constitui sempre um grande desafio. Seja pela programação oficial, através da agência credenciada, ou por vias oblíquas, que não são contabilizadas, a grande imprensa paraense sempre foi dependente do governo. Mesmo aquela que às vezes se apresentava como crítica ou até abertamente oposicionista.

Durante muito tempo, uma das vias de sustentação era a Imprensa Oficial. Seus dirigentes compravam papel para imprimir o Diário Oficial e para cedê-lo, clandestinamente, ao jornal amigo. E assim eram mantidas outras formas de favorecimento, como o oferecimento de serviços públicos gratuitos ou a contratação de jornalistas que seus empregadores remuneravam em padrão próximo da indecência.
Tendo resistido a períodos excepcionalmente lentos de privação da publicidade do governo, os dirigentes do grupo RBA sabem que essa resistência tem limites. Dietas magras e mais longas podem ameaçar a sobrevivência do veículo de comunicação, ainda que ele tenha encontrado (e inventado) outros mecanismos de faturamento, que lhe proporcionam maior grau de autonomia.

O artigo que o senador Jader Barbalho escreveu para a edição de aniversário do seu jornal tem esse componente de preocupação embutido na sua retórica analítica, combinando o interesse particular (que, nele, é empresarial e político) com a defesa da causa pública. Alega o senador que não haverá saída para a situação ruim vivida pelo Pará enquanto “o ’modus operandi’ de governar cheirar a vigarice, enquanto a preguiça dominar os meios públicos, ou enquanto a ação entre amigos for promovida pela propaganda que retira o dinheiro público que deveria ser usado na educação, saúde, segurança e na infra-estrutura do nosso Estado”.

Já em campanha, o dono do jornal proclama: “O ciclo dos governos da propaganda milionária e do descaso tem que acabar”. Cada cidadão paraense consciente responderia que sim. Mas perguntaria se o novo governo que se seguisse não retomaria essa prática que o senador peemedebista condena, na condição de oposicionista, mas não seguiu nos dois governos que comandou.

De fato, os grandes acontecimentos registrados no Pará nos últimos 20 anos, tornando-o destinatário de alguns dos maiores investimentos – públicos e privados – realizados no Brasil nesse período, com dimensão mundial (como a expansão da exploração mineral em Carajás, o maior investimento privado em curso no planeta), não tiveram tradução social e mesmo econômica. Daí o Estado ser o terceiro mais violento do Brasil. “Temos o pior município do país em desenvolvimento humano. O arquipélago do Marajó, antes uma atração internacional, tem 12 dos 50 piores lugares sem perspectiva de futuro para o país”, arrola o senador.

São realidades acusatórias, que tornam fantasioso o discurso do “Novo Pará” apregoado pelos dois governadores tucanos que ocuparam o poder estadual ao longo de 16 desses 20 anos, prolongados por quase três no novo mandato de Jatene. Realidade não alterada pelos quatro anos de Ana Júlia Carepa, que Jader ajudou a colocar no governo, integrante do mesmo partido, o PT, ao qual pretende se aliar para a disputa de 2014.

A declaração de guerra implícita na ausência do governo do Estado à edição de aniversário do Diário do Pará, com a resposta dada por Jader, modulada pela sua sagaz preocupação em não deixar emergir seu interesse particular na conjuntura, serve de preliminar à guerra que já começa a ser travada entre os dois maiores pretendentes ao governo do Pará.

O governador elegeu o grupo Liberal como sua arma de combate, mas ao mesmo tempo voltou à liça o jornal O Paraense, que sempre emerge em períodos de maior agitação política ou já em plena campanha eleitoral para fustigar Jader Barbalho. Depois de longa hibernação, o jornal retomou sua atividade em julho, com farta distribuição gratuita na portaria de prédios em Belém. É indício de que a linguagem vai ser violenta e panfletária, além da medida do que pratica o grupo Liberal, embora sempre raivoso quando se trata de apontar a corrupção do líder do PMDB.

Agora, o alvo é também o filho de Jader. Helder Barbalho já tem no seu currículo um mandato de deputado federal e dois como prefeito do segundo mais populoso município, Ananindeua. Mas não conseguiu fazer o seu sucessor. Teve que amargar a volta de Manoel Pioneiro num terceiro mandato, embora descontínuo, como exige a lei. Atenuou essa dura derrota com uma vitória discreta na eleição fora de época de Marituba, também na área metropolitana de Belém, município que teve cinco prefeitos em seis meses.

Agora parece não haver mais dúvida de que Helder será o candidato do PMDB ao governo e, na dobradinha com o PT, o partido terá o cabeça de chapa, mesmo que o ainda não totalmente definido coligado não aceite. O grupo Liberal e os tucanos batem na tecla de que os petistas precisam ter chapa própria e que o deputado federal Cláudio Puty vai disputar a indicação para o governo. Os peemedebistas sustentam que Puty negou essa hipótese em encontro com Jader, mas tudo é possível até a definição do PT.

Jader conta com aliados no governo federal e na representação estadual do PT para assegurar a combinação que reservaria aos petistas o cargo de vice-governador e a vaga de senador para Paulo Rocha. No entanto, prepara-se para caminhar sozinho, se necessário. Montou e está expandindo uma estrutura de suporte para o filho, contando com veículos de comunicação que já levam um programa de rádio de Hélder ao interior do Estado e programa de televisão que, veiculado no horário gratuito do TRE, aparece também na TV Liberal.

Como os desgastes de imagem não permitem mais que Jader dispute um retorno ao governo (que ele diz não pretender mais por opção pessoal), a imagem de Hélder é projetada como própria, autônoma, independente do pai, técnica, jovem, limpa. Justamente por isso o grupo Liberal repete monocordiamente que “filho de peixe, peixinho é”, relembrando como litania os casos de desvio de dinheiro público que envolvem Jader Barbalho.

Pela repetição em demasia desse catecismo, por enfraquecimento empresarial do grupo Liberal ou pelo grande desgaste da administração Jatene, essa prédica moralista não parece mais ter o mesmo efeito de antes. As principais empresas, sindicatos, representações corporativas, grupos de ensino e os demais poderes constituídos fizeram anúncios na edição de aniversário do Diário do Pará.

Vinte prefeitos mostraram as caras (e não apenas do PMDB), principalmente no nordeste, sul e sudeste do Estado, os principais redutos de Jader Barbalho, como o de Santarém. Até mesmo o presidente da Assembleia Legislativa, Márcio Miranda, cujo nome chegou a ser especulado como pretendente ao governo, patrocinou uma página de anúncio ostensivo.

São dados que sugerem novidades no quadro pré-eleitoral de mais uma disputa pelo poder, embora confirme um brocardo popular que pode se repetir mais uma vez: tudo muda para tudo ficar como está.

(*) Lúcio Flávio Pinto é jornalista e Editor do Jornal Pessoal.