segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Limites da nossa atual civilização

O mundo da mercadoria e da propriedade privada vai contra as necessidades humanas. Hoje vivemos um mundo de crises: degradação dos recursos naturais e dos ecossistemas; miséria e exclusão social; violência e degradação das condições de vida; precarização do trabalho e mercantilização dos meios de sobrevivência, e no limite, a guerra ou a destruição generalizada dos seres humanos.
Porém, os elementos que formaram esse status quo (estado das coisas) são antigos, e desde há muito tempo já dão sinais de que as consequências, para os seres humanos, tendem a ser cada vez mais dramáticas.

Se você está de acordo que tais questões são reais e graves, e precisam ser enfrentadas nas suas causas, então venha conhecer melhor aqui as propostas que estamos construindo, COLETIVAMENTE, para enfrentar a raiz de tal tipo de sociabilidade, hoje baseada da exploração e espoliação sobre os humanos e sobre a natureza.

Implantando o SOT: COMUNA DE REVERSÃO


Aqui está em aberta quais seriam os caminhos e estratégias para a superação da formação histórica de mediações sociais baseadas na auto-alienação dos humanos, e resultantes de um sistema social capitalista.

Um possível meio para isso, EM DISCUSSÃO, seria uma via histórica processual de construção de um SISTEMA ORGÂNICO DO TRABALHO - SOT, um tipo de bloco histórico de construção de outra sociabilidade, a partir da aglutinação dinâmica de três mediações sociais:

- PROPRIEDADE ORGÂNICA
- RENDA SISTÊMICA
- AUTOGESTÃO SOCIETAL

Porém, pondera-se que essas mediações precisam se materializar em instituições concretas e históricas, a partir provavelmente de um fundo crítico e certamente de um conjunto de "trabalhadores livremente associados", elementos estes viabilizados/articulados pela Via SOT.

Por sua vez, as instituições que dariam vida a um SOT precisam de um espaço ou território específico para existirem, na forma de um sistema interacional, ou seja, com dinâmicas de reforço mútuo, concretizando assim todo o seu potencial de reverter os processos de alienação sobre os humanos.

O espaço para a criação de tais instituições seria o que chamamos de uma COMUNA DE REVERSÃO. Esta não seria um tipo de comunidade alternativa pequena, mas sim um espaço ou território aonde fosse possível concentrar recursos, pessoas e instituições devidamente formalizadas, de tão forma que possa criar elementos de auto-sustentabildiade suficientes para sua posterior irradiação ou expansão, dando novo suporte às lutas emancipatórias, e oferecendo uma efetiva alternativa ao emprego assalariado ou mesmo ao desemprego, porém, de forma tal, que não apenas de disponibiliza uma nova oportunidade de trabalho e renda, mas sim, uma oportunidade de viver de forma solidária plena, de forma não alienada e não subordinada à lógica de acumulação capitalista.

O que temos hoje próximo a uma COMUNA DO SOT seriam as ecovilas ou propostas de ecocidades, porém numa dimensão maior, contendo instituições capazes de contrapor o necessário valor de uso frente a alienação do valor de troca (mercado), e partir dessa indexão crítica (produção e consumo internos) sustentar um importante movimento de auto-expansão de dentro para fora e adesão progressiva de novos associados, e assim, a constituição de novas comunas organicamente integradas, como um bloco de reforço mútuo. Essa posterior expansão seria um novo passo na construção de um SISTEMA COMUNAL.

Sistema Orgânico Comunal


... isso porque o conjunto de mediações que um Sistema Orgânico do Trabalho abrange, não possibilita apenas a construção de um espaço de viver e produzir diferenciado, também permite uma integração INTER-TERRITORIAL e TRANS/SUPRA-NACÕES, que se traduziria por um SISTEMA ORGÃNICO COMUNAL.

Nesse estágio de macro-organização societal ou de formação social histórica, nossa tese é que entraríamos, de fato, na história da humanidade, uma vez que os seres humanos passariam a ter o domínio efetivo sobre o seu destino.

Dessa forma, todo o desenvolvimento passa a centrado nas necessidades humanas, e não mais nas necessidades artificiais do dinheiro ou da acumulação de capital.

Como um Sistema Orgânico Comunal significa a superação da forma propriedade privada dos meios de produção, e a superação do dinheiro enquanto intercâmbio mercantil, ele implica também na materialização do que alguns chamam de uma "Economia Baseada em Recursos", cujo auto-organização global e não fetichizada (mercadorizada) permite uma produção racional da abundância.

Esse é um horizonte aberto a partir da concretização do estágio 2, ou seja, com a implantação de um Sistema Orgânico do Trabalho - SOT, a partir da auto-organização imediata das pessoas interessadas nesta associação -ASSOCIAÇÃO Via SOT.


Nenhum comentário:

Postar um comentário